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O governo Bolsonaro não enviou nenhum centavo para o “auxílio-creche” que prometeu, em agosto do ano passado, para as famílias que recebem o Auxílio Brasil e não conseguem vaga em creches públicas.
Fez propaganda da medida, que chegou a ser aprovada no Congresso junto com o Auxílio Brasil, mas não regulamentou o auxílio-creche e fez dele um “programa fantasma”.
Em agosto de 2021, Bolsonaro editou uma Medida Provisória criando o Auxílio Brasil e o Auxílio Criança Cidadã, também chamado de auxílio-creche. Em dezembro, o programa foi aprovado pelo Congresso Nacional e virou lei.
A propaganda do governo federal previa o pagamento por vagas em creches privadas para as famílias que recebem o Auxílio Brasil e cujos filhos não conseguem vaga em creches públicas.
O governo chegou a reservar R$ 137 milhões para o programa, mas nenhum centavo sequer foi gasto. Nenhuma criança foi atendida pelo auxílio-creche.
Em março de 2022, Jair Bolsonaro revogou, através de um decreto, a normatização do programa, suprimindo todas as menções ao auxílio-creche que estavam em um decreto anterior.
Segundo o Ministério da Cidadania, foi isso que impediu o programa de existir.
A lei do auxílio dizia que o governo federal publicaria um edital convocando as creches privadas a se credenciarem, mas nem isso aconteceu. O programa não caminhou em nenhum sentido desde que virou lei.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) comentou que “o saco de maldades deste desgoverno não tem fundo. Agora tem crianças sem creche também”.