Liberação dos israelenses atrasou depois que o Hamas denunciou que Israel descumprira com o acordado, impedindo a chegada de caminhões com víveres e mantimentos ao norte de Gaza. A expectativa agora é pela libertação da segunda leva de mulheres e crianças prisioneiras em Israel
A liberação de 13 israelenses detidos pelo Hamas se deu à meia-noite da hora local, 18:00 de Brasília. A entrega atrasou pois o Hamas denunciou que Israel estava descumprindo o combinado e barrando a chegada de caminhões com mantimentos ao norte da Faixa de Gaza.
Em um primeiro momento o governo de Netanyahu ameaçou retomar os bombardeios ao invés de cumprir com o acertado. Houve intervenção do Egito e do Qatar para garantir o cessar-fogo e a troca de prisioneiros.
O encontro dos familiares dos israelenses que estavam detidos tem se dado nos hospitais para onde são levados e onde, segundo relatos médicos, chegaram em boas condições físicas.
100 MIL EM TEL AVIV EXIGEM AVANÇO DAS NEGOCIAÇÕES PARA RETORNO DE TODOS
Em Tel Aviv, 100 mil pessoas se uniram aos parentes dos ainda detidos em Gaza para pedir “libertem a todos”. Essa resistêcia interna foi o que impediu o governo Netanyahu, junto com os fanáticos Gvir e Smotrich, de seguir barbarizando em Gaza e colocando em risco a vida dos israelenses detidos.
Na véspera, tropas israelenses já haviam rompido o cessar-fogo quando atiraram em palestinos que aproveitaram a trégua para retornar a suas moradias que porventura permanecessem de pé ao norte de Gaza. Dois palestinos morreram e 11 ficaram feridos sob as balas israelenses.
A pressão mundial é para que, após essa trégua prevista para quatro dias, ela se estenda e se chegue a um cessar-fogo mais amplo, abrindo passo para a retomada de negociações com vistas à Solução dos Dois Estados, ou seja, o estabelecimento do Estado da Palestina com a retirada dos colonos que se estabeleceram em terras assaltadas aos palestinos desde 1967.
A dificuldade reside no fanatismo que norteia o atual governo encabeçado por Netanyahu, cuja principal meta é avanço da limpeza étnica da Palestina, o que está na raiz do atual recrudescimento do conflito e a devastação sem precedentes na Faixa de Gaza.
A expectativa agora é pela segunda leva de mulheres e crianças palestinas a serem soltas das masmorras israelenses. Os palestinos da Cisjordânia se preparam para receber seus parentes e amigos com comemoração.