Canção entoada por Lenine, Chico César, Leci Brandão, entre outros, desnudam Bolsonaro e seu governo
“Sou a favor da ditadura”, disse ele. Do pau de arara e da tortura”, concluiu. Mas o regime mais do que ter torturado, tinha que ter matado trinta mil”. ‘E em contradita ao que afirmou, na caradura, disse: “Não houve ditadura no país”’.
Assim o ator e diretor Wagner Moura abre a primeira estrofe do “Hino ao Inominável”, lançado no sábado, do qual ele participa juntamente com outros artistas, em protesto contra Jair Bolsonaro.
O grupo cita frases proferidas por Bolsonaro desde que ele está na política. Por exemplo, manifestações preconceituosas – e agressivas – contra mulheres, homossexuais, negros, indígenas, quilombolas.
Também menciona os ataques proferidos pelo “Inominável” ao meio ambiente, a negação da Ciência e o descaso às vítimas da Covid.
‘Chamou o tema ambiental de “importante. Só pra vegano que só come vegetal”; ‘chamou de “mentirosos” dados científicos. Do aumento do desmatamento florestal. Disse que “a Amazônia segue intocada, praticamente preservada no país”’, diz trecho do “hino”.
“E assim negou e renegou o inegável, as evidências que a Ciência vê e diz. Da derrubada e da queimada comprovável pelas imagens de satélites”, continua a canção.
Também critica a violência policial. ‘E proclamou: “Policial tem que matar, tem que matar, senão não é policial. Matar com dez ou trinta tiros o bandido, pois criminoso é um ser humano anormal. Matar uns quinze ou vinte e ser condecorado, não processado” ‘e condenado no país’.
“E num desprezo pela vida inolvidável, que nem quando lotavam UTIs. E o número de mortos era inumerável”, disse “E daí? Não sou coveiro”. “E daí?”, lembram os artistas.
O “hino” também destaca a ignorância e a mediocridade do presidente. “Os livros são hoje ‘um montão de amontoado, de muita coisa escrita”, veio a declarar’. Tentou dizer “conclamo” e disse “eu canclomo”’. ‘Não sabe conjugar o verbo “concl…amar”. ‘Clamou que “no Brasil tem professor demais”, ‘tal qual um imbecil pra imbecis’.
Os ataques ao STF também foram ressaltados. ‘Bradou que “o presidente já não cumprirá mais decisão” ‘do magistrado do Supremo, ao qual se dirigiu xingando: “Seu canalha!”, ‘mas acuado recuou do tom extremo, e em nota disse: “Nunca tive intenção (Não!) de agredir quaisquer Poderes” do país’.
Por fim, a “ode” ao “Inominável” conclama ao sonho, à esperança por superar o momento atual e reconstruir o país.
“Do pesadelo à utopia por um triz, no instante crucial de liberdade instável, pros democráticos de fato, equânimes, com a missão difícil mas realizável de erguer das cinzas como fênix o país”.
Participam da canção, além de Wagner Moura, artistas como Leci Brandão, o ator Bruno Gagliasso, os cantores Chico Cesar, Lenine, Zélia Duncan, André Abujamra, o músico e ensaísta José Miguel Wisnik e o professor Pasquale, entre outros.
O “Hino ao Inominável tem letra de Carlos Rennó e música de Chico Brown e Pedro Luís. Xuxa Levy, produtor musical do projeto, é responsável pelo arranjo.
Até na música devemos fazer nossos protestos ,em todas as linguagens possíveis ,devemos Denunciar o caos que este governo causa ao nosso País #ForaBolsonaro