Presidente da República retorna pela primeira vez à cidade após a facada de 2018, que, em grande medida, proporcionou-lhe a vitória
Durante motociata que Jair Bolsonaro (PL) compareceu, nesta sexta-feira (15), em Juiz de Fora (MG), uma cidadã foi retirada do local após gritar o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e chamar Bolsonaro de “corrupto”.
A cena ocorreu na Rua Benjamin Constant, na região central da cidade, durante a agenda do chefe do Executivo.
O presidente da República retornou à cidade pela primeira vez após a facada que ocorreu em 6 setembro de 2018, durante atividade de campanha eleitoral na cidade.
“SEU CORRUPTO”
Nas imagens, que foram gravadas, a partir de 10 segundos, é possível acompanhar o momento em que a cidadã grita “Lula!”, em alusão ao adversário de Bolsonaro nas eleições de outubro.
Depois, ela se vira para o presidente Bolsonaro, que está bem próximo dela, e diz “seu corrupto”. Apoiadores bolsonaristas a puxam pelo braço e a conduziram para fora do ato.
Os bolsonaristas estão mais cuidadosos em relação à truculência, que normalmente é usual em relação aos adversários do presidente. Depois do trágico episódio de Foz do Iguaçu, em que um bolsonarista assassinou o dirigente do PT, Marcelo Arruda.
OUTRAS MANIFESTAÇÕES
No caminho da região central até o culto Congresso Estadual da Assembleia de Deus Madureira a motociata parou.
Naquele momento, um apoiador de Lula ergueu uma bandeira vermelha improvisada e começou a cantar “Olê, Lula”, o jingle da campanha do ex-presidente e pré-candidato da Federação Brasil da Esperança, que é composta pelo PT, PCdoB e Rede, com apoio do PSB, PSol, Solidariedade e Rede.
Depois disso, o homem e os bolsonaristas passaram a trocar hostilidades e xingamentos.
Ao chegar na agenda religiosa de moto e sem capacete, o presidente da República foi erguido pela equipe para acenar para os apoiadores. Com segurança reforçada, agentes o cercavam com placas em maletas blindadas na altura da região da barriga e quadril.
O evento da Assembleia de Deus foi fechado para imprensa e apenas convidados identificados por pulseiras puderam participar. Alguns fiéis e apoiadores de Bolsonaro tentaram entrar, mas foram barrados pela segurança presidencial.
M. V.