Autoridades da China e da Coreia do Sul desmentiram nesta semana boatos divulgados pela agência CNN citando “fontes não identificadas de inteligência” do governo dos Estados Unidos de que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, de 36 anos, estaria em “grave estado de saúde”, “à beira da morte” ou até mesmo em hipotética “morte cerebral” após uma “cirurgia do coração”.
O Departamento de Relações Internacionais do Partido Comunista da China afirmou que o presidente norte-coreano está normal, não existindo qualquer indício de que esteja doente.
O porta-voz da Presidência da Coreia do Sul, Kang Min-seok, também disse que “não há nada que confirmem os rumores”, pois “não existem sinais incomuns identificados no Norte”. A agência de notícias sul-coreana frisou que as fontes contatadas no Norte também não apontam a existência de “nada que possamos confirmar com relação ao alegado problema de saúde do presidente Kim”.
INVENCIONICE MADE IN USA
O festival de boataria norte-americana em relação ao líder coreano vem de longa data e inclui todo tipo de invencionices, desde que teria se submetido “a seis operações estéticas para se parecer com seu avô Kim Il Sung (1912-1994”), o fundador da Coreia do Norte; que havia “mandado matar a namorada” a cantora pop Hyon Song Wol, “metralhada e jogada aos cães junto com sua banda”, músicos vinculados à orquestra nacional, em 2013, que apareceram posteriormente em carne e osso; que “o corte de cabelos é padronizado pelo do ditador”, como foi divulgado pela rádio Free Asia em 2014 – que casualmente tem sede nos EUA -; que o ministro da Defesa Hyon Yong Chol havia sido executado com um míssil anti-aéreo por ter cochilado durante uma cerimônia oficial – disseminado pela AFP e desmentido no dia seguinte por imagens do general trabalhando, em maio de 2015 -; de outro dirigente queimado vivo ao ser torrado por um lança-chamas em junho de 2015, e por aí vai. Vale dizer que a história do assassinato da cantora Hyon Song Wol ressurgiu no final de junho de 2019 em noticiário sobre uma reunião na zona desmilitarizada, com a diferença é que ela agora faz parte do comitê central do Partido do Trabalho, o partido de Kim. Novamente, apareceu ressuscitada, desmontando a farsa.
De concreto, Kim Jong Un tem sido um árduo defensor da “mais ampla e proeminente” ação comum “para mitigar as tensões militares e se preparar para o ambiente pacífico da Península da Coreia”, estimulando os coreanos a “promoverem ativamente uma atmosfera de reconciliação nacional e unificação”. Para o presidente, “esta proposta será entusiasticamente recebida pela humanidade progressista do mundo que ama a paz”. E que despreza a mentira.