As lideranças políticas repudiaram as declarações de Bolsonaro feitas na segunda-feira (18), segundo as quais “quem decide se um povo vai viver na democracia ou na ditadura são as suas Forças Armadas”.
Disse, também, que o Brasil ainda tem liberdade, mas que “tudo pode mudar”, tentando envolver os militares em suas repulsivas arapucas golpistas.
“O papel das Forças Armadas está definido na Constituição, a qual todos devem obediência. A história nos mostra que, toda vez que as Forças Armadas extrapolaram sua missão, a experiência foi extremamente negativa”, afirmou o líder do PSDB na Câmara, Rodrigo de Castro (MG).
“Não há espaço para retrocessos e, sequer, para suposições ou ameaças de que as Forças Armadas poderiam atuar em sentido contrário”, rebateu Castro, acrescentando que “a democracia brasileira, apesar de consolidada, precisa ser fortalecida diariamente por todas as instituições”, completou.
Para Roberto Freire, presidente do Cidadania23, Bolsonaro está “tergiversando” diante dos seus fracassos e trapalhadas no governo.
“Desespero do mercador da morte está claro no quase lamento pelo êxito da Coronavac, vacina que combateu e salvará milhares de vidas e na tentativa de reorientar a narrativa recorrendo às FFAA e à ditadura. Bolsonaro, não tergiverse. Não atrapalhe o Brasil. Bolsonaro, charlatão. Fora”, escreveu Freire nas redes sociais.
O líder do PDT, Wolney Queiroz (PE), afirmou que “Bolsonaro só esquece que as Forças Armadas não estão a serviço da familícia e sim do povo e do Estado Democrático de Direito!”
“As Forças Armadas devem proteger a Constituição. Ou agimos agora ou o Brasil além de mergulhar no caos, afundará nas sombras! #QueremosImpeachment”, completou.
O líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ), declarou que “toda vez que a incompetência de Bolsonaro é exposta, ele reage mudando de assunto”.
“Agora, diante do desastre de sua gestão no que se refere à vacina e ao Amazonas, ele volta a ameaçar com ditadura. Todos sabemos o papel das Forças Armadas: zelar pela defesa da pátria e dos poderes constitucionais, dentro do que estabelece a Constituição. Jamais fora dela”, afirmou.
Para o líder do PSB, “é óbvio que não são as Forças Armadas que decidem se viveremos em uma democracia ou em uma ditadura”.