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Alguns governadores e ex-governadores do Nordeste reclamaram da decisão do anúncio
O ex-presidente Lula promoveu o lançamento da pré-candidatura de Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, à Presidência da República. “Ele me chamou para uma conversa no último sábado e disse que não temos mais tempo para esperar. Ele me pediu para colocar o bloco na rua e eu aceitei”, disse o ex-candidato petista à Presidência da República, em 2018. Haddad deve começar a viajar pelo País.
Por meio do portal “Brasil Independente” foi veiculada notícia de que a decisão de Lula não agradou a governadores e ex-governadores de estados da Região Nordeste. “No privado chegam a lembrar que Haddad chegará para a disputa após 2 derrotas e 6 anos longe de cargos públicos.”
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), pela plataforma do Twitter escreveu: “Indiscutível o direito de qualquer partido lançar candidato a presidente da República”, apontando, também, a importância de avançar na discussão de um programa e as alianças necessárias para não “prolongar tantas tragédias”, numa referência clara ao bolsonarismo.
“A unidade das esquerdas é importante? Claro. Mas é insuficiente para livrar o Brasil do fascismo. Ou a frente antibolsonarista será ampla ou será (uma) estreita o suficiente para ensejar a frente ampla contra a gente. Loucura é fazer a mesma coisa e querer resultado diferente”, se manifestou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) pelo Twitter.
Em 2018, Lula preso, comandou o processo que antecedeu à candidatura de Haddad, que na undécima hora foi lançado à cadeira de presidente da República. Agora, com relativa antecedência e livre, já que Bolsonaro está em campanha desde sempre, o ex-presidente repete o script de 2018.
Qual é a chance de isso dar certo? Será que quer testar o nome e a sigla para ver o nível de rejeição que ainda existe em torno do partido e do ex-candidato? Será que esperava adesão automática, à iniciativa, dos demais partidos aliados?
É pouquíssimo provável que isso dê certo. As eleições municipais já deram mostras que a rejeição ao PT ainda se mostra forte e resiliente. Desde a redemocratização, foi a 1ª vez que o PT não elegeu nenhum prefeito de capital, por exemplo. Sem dizer que, neste momento, a hegemonia inclinou-se ao centro e à direita democrática.
MARCOS VERLAINE (colaborador)