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“Tenho impressão de que o próprio governador Tarcísio compreende que, como houve uma alteração eleitoral, as lógicas de você privatizar a autoridade estão superadas”, apontou o ministro
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, destacou mais uma vez, nesta quinta-feira (19) no Palácio do Planalto que a possibilidade de privatização do comando portuário no Brasil é um tema descartado para o governo do presidente Lula, “Com relação à privatização da autoridade portuária não há mais essa hipótese, porque a tese vencedora das eleições é contrária a essa lógica”, disse o ministro.
Além de rechaçar a possibilidade de privatização, França afirmou que o novo governo Lula ainda não nomeou os responsáveis para as autoridades portuárias “Como nós não fizemos ainda alterações nas autoridades portuárias, os diretores que lá estão são os mesmos que estavam, a partir dessa semana com as alterações, semana que vem estarão convocados todos os conselhos portuários para alterar as autoridades portuárias, aí começamos do nosso jeito”.
França ainda falou sobre o nível de deficiência existente nos portos brasileiros. “Nem todos os portos estão com a suas dragagens adequadas, então alguns navios não estão conseguindo chegar na plenitude, inclusive (de) passageiros, e ao mesmo tempo em portos e aeroportos. Que a gente tenha os portos modernizados e adequados”.
O ministro afirmou que o há algum nível de diálogo é sobre a possibilidade privatização de serviços nos portos: “O que a gente discute (é) sobre a privatização dos serviços, que podem até ser serviços novos como a questão de dragagem”.
CONVERSA COM KASSAB
França disse ainda que conversou com Gilberto Kassab (PSD), secretário da Casa Civil do governo do Estado de São Paulo. “Eu conversei no dia 18 com o secretário Kassab, que é uma pessoa que está no governo de São Paulo para que a gente fizesse uma aproximação de ideias, de conceitos. E tenho impressão de que o próprio governador Tarcísio compreende que, como houve uma alteração eleitoral, as lógicas de você privatizar a autoridade estão superadas”, apontou o ministro.
“Agora vamos para a segunda etapa, o que pode ser feito, por exemplo o túnel que liga Santos ao Guarujá, é uma obra que o governo do Estado, no governo Alckmin, ainda quando eu era vice-governador, fez projeto básico executivo e os licenciamentos, está pronto, basta licitar, se a gente puder iniciar uma obra desse porte será um grande feito” disse França que também foi governador de São Paulo.