O presidente de honra da Portela, Hildemar Diniz, o mestre Monarco, morreu neste sábado aos 88 anos. Ele estava internado desde o dia 21 de outubro no Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá.
A morte de Monarco foi confirmada pela Escola de Samba Portela. Em seu perfil das redes sociais, a Escola afirma que “o Mestre estava internado desde o mês de novembro no Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, onde se internou para fazer uma cirurgia no intestino. Infelizmente, não resistiu à complicações”.
“Nesta sexta-feira, 10, Monarco foi homenageado durante a inauguração da Sala de Troféus da Portela, que leva seu nome. Sua última apresentação em público foi onde mais gostava de cantar, em casa, na quadra da Majestade do Samba!”, destaca o perfil da escola.
Mestre Monarco nasceu em Cavalcante, na Zona Norte e ainda criança foi morar em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Mais tarde voltou a capital, para Oswaldo Cruz, bairro que é um dos berços da Portela. Ele liderava a velha-guarda da escola desde 1995 após a morte do compositor Manaceia. Em 1960 entrou para a Unidos do Jacarezinho, mas voltou para a azul e branco em 1969. Em 1970 gravou o álbum “Portela, passado de glória”, obra que contou com a produção de Paulinho da Viola.
O baluarte compôs obras que marcaram a cultura carioca como “Nunca vi você tão triste”; “Passado de glória”; “Portela desde criança” e o grande sucesso “Vai vadiar”, todas conhecidas por dar o ritmo de rodas de samba em todo o país. Seu último disco foi lançado em 2018 e participou de documentários como Candeia e Mistérios do Samba, que conta a história da velha-guarda da Portela.
Ainda jovem chegou a ser perseguido pela polícia por ser parte do movimento dos sambistas. Sua família seguiu seu legado e os filhos e a neta são músicos. Ainda não há informações sobre o horário e local do enterro.