Os metalúrgicos da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, aprovaram a proposta feita pela empresa de cortar 35% dos funcionários através de um plano de demissão voluntária (PDV).
O plano, que atingirá cerca de 5 mil funcionários dos 14,7 mil trabalhadores das fábricas em São Bernardo do Campo, Taubaté, São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR), foi apresentada em agosto pela empresa.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC aprovou a proposta em assembleia nesta terça-feira, (15), e em troca negociou pagamento de até 20 salários para quem aderir ao PDV e estabilidade por cinco anos para os funcionários que ficarem no emprego.
O argumento da empresa para o corte foram os efeitos da pandemia no setor – que no final do ano passado, foi beneficiado por um “programa de investimentos” por parte do governo federal com o aporte de R$ 200 milhões por ano, por meio de isenções fiscais.
Em julho, o presidente da Volkswagen na América do Sul, Pablo Di Si, afirmou que a empresa teria condições de sustentar os funcionários por apenas alguns meses antes de iniciar as demissões em massa.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da ABC, Wagner Santana, comemorou o resultado: “Avaliamos as condições com pé no chão, diante da previsão de produção muito abaixo da capacidade, e a nossa primeira estratégia desde o início da negociação foi a garantia de proteção ao emprego”.