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Após 17 dias de greve, os metalúrgicos da General Motors suspenderam a greve e retornaram ao trabalho nesta quarta-feira (8). Os trabalhadores da multinacional estavam paralisados desde o último dia 23 de outubro contra a demissão de 1.245 trabalhadores, demitidos por meio de telegrama, em pleno final de semana.
Com os trabalhadores em greve e após decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) pela suspensão das demissões, a montadora anunciou que os trabalhadores seriam reintegrados. De acordo com informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a proposta foi firmada em reunião com a montadora, nesta segunda-feira (6).
Para a Justiça do Trabalho, a GM violou acordos coletivos de layoff e descumpriu a tese do Supremo Tribunal Federal (STF), que determina que toda empresa deve realizar negociação coletiva antes de demitir em massa.
“Os metalúrgicos de São José, Mogi e São Caetano conquistaram uma vitória histórica nos tribunais. E isso precisa ser muito celebrado”, afirma o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Valmir Mariano.
Segundo o sindicato, o acordo condiciona a suspensão da paralisação ao pagamento dos dias parados para todos na fábrica e licença remunerada para quem havia sido demitido. Também foi aprovado aviso permanente de greve, ou seja, caso a empresa não cumpra o acordo aprovado, a paralisação será retomada.
“A conquista do pagamento dos dias parados e do cancelamento das demissões foi fruto dessa grande luta, que uniu os trabalhadores das três fábricas e mostrou nossa força. Mas não vamos baixar a guarda: em qualquer movimento da empresa no sentido de colocar em risco empregos e direitos, a greve será retomada”, afirma o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Valmir Mariano.