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“Bolsonaro, traidor. Abandonou quem sempre te apoiou”, diziam os manifestantes
Militares da reserva e pensionistas das Forças Armadas fizeram três dias de protestos em Brasília contra Bolsonaro na última semana, organizados por associações representativas de pensionistas e de praças da reserva.
Os manifestantes denunciaram os cortes feitos nos valores dos adicionais de disponibilidade (ganho pelo fato de o militar ser obrigado a ficar completamente disponível para a força) e de habilitação (recebido de acordo com os cursos feitos por cada um), contidos na reforma da Previdência dos militares (Lei 1.645/19), aprovada em dezembro do ano passado.
Outra crítica é em relação à reestruturação das carreiras e de reforma do Sistema de Proteção Social. Conforme os militares, o governo descumpriu um acordo feito no ano passado no Senado prevendo a criação de uma comissão para alterar pontos das leis que afetavam a categoria, como a cobrança de contribuição dos pensionistas de militares. “Bolsonaro, traidor. Abandonou quem sempre te apoiou”, gritavam os manifestantes.
“Esperamos uma posição de Bolsonaro. Afinal, foram esses militares que por muito tempo atuaram como cabos eleitorais do presidente e agora estão arrependidos”, criticou Wagner Coelho, suboficial e um dos organizadores do ato.
Também suboficial da reserva e advogado, Davi da Silva Lopes disse que Bolsonaro é o primeiro presidente que separa os militares da ativa e da reserva. “A competência de legislar, de ter iniciativa para as Forças Armadas, é do senhor. Então, não vou cobrar dos comandantes militares, o senhor é o responsável. Nós votamos no senhor. Tome providências”, afirmou.