Ministro do STF condena segredos em escritura da mansão de R$ 6 milhões de Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro e parte da sua mansão. Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, disse que o cartório que registrou a compra da mansão de R$ 6 milhões do senador Flávio Bolsonaro ter escondido informações que deveriam ser públicas é “condenável” e contraria a Constituição.

Ver Inédito: escritura da mansão de luxo de Flávio Bolsonaro está cheia de tarjas pretas

“É tudo muito ruim em termos de avanço cultural. A boa política pagou um preço incrível, abandonando a transparência e a publicidade. Algo condenável a todos os títulos”, disse Mello ao Estadão.

“É incompreensível a omissão. E por que omitir? Há alguma coisa realmente que motiva esse ato? Porque nada surge sem uma causa”, continuou.

Ver Flávio Bolsonaro compra mansão luxuosa em Brasília por R$ 5,97 milhões

Ver Flávio Bolsonaro mentiu na escritura da mansão de luxo que comprou em Brasília

O 4.º Ofício de Notas do Distrito Federal, que fica em Brazlândia, a 50 km do centro de Brasília, omitiu dos documentos da compra da mansão os números dos documentos, como CPF e CNPJ, de Flávio Bolsonaro e sua esposa, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, assim como a renda do casal.

O ministro Marco Aurélio Mello disse que a Constituição Federal afirma que “atos administrativos, como no caso o ato do cartório, são públicos, visando ao acompanhamento pelos contribuintes e a busca de fiscalização”.

Mello também levantou suspeita sobre o cartório escolhido pelo filho de Jair Bolsonaro. “É estranho que não se tenha feito a escritura num cartório de Brasília propriamente dita”.

Flávio Bolsonaro é acusado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ter desviado R$ 6,1 milhões em um esquema de rachadinha que criou no seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), quando era deputado estadual.

Segundo o senador, o dinheiro utilizado para comprar a mansão veio da venda de um apartamento e de sua parte da franquia da Kopenhagen, na Barra da Tijuca.

Os advogados de Flávio Disseram que ele quitou R$ 1,09 milhão da parte paga à vista, o que deixaria R$ 1,74 milhão dessa parte faltando.

Porém, os documentos do cartório informam que a parcela paga à vista foi quitada.

Compartilhe

Uma resposta

  1. Flávio Bolsonaro precisa ser investigado sigilos bancário, telefônico e outros devem serem quebrados para que a verdade prevaleça, até o momento tudo faz crê que o próprio meteu o mão na cumbuca e se apropriou do dinheiro público, rachadinha é furto, por que ele recorre várias vezes a justiça quem não deve não teme. A verdade acima de tudo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *