O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, pautou para começar no dia 12 o julgamento que dará encaminhamento para o processo de injúria e difamação de Arthur Lira (PP-AL), recém-eleito presidente da Câmara dos Deputados, movido por sua ex-esposa.
A sessão será iniciada no dia 12, uma sexta-feira, mas os ministros têm até o dia 23 para enviar os seus votos.
Depois de ter sido acusado de agressão por sua ex-esposa, Jullyene Lins, Arthur Lira disse que Jullyene “é uma vigarista profissional querendo extorquir dinheiro, inventando histórias”.
Jullyene abriu uma queixa-crime contra o ex-marido por injúria e difamação.
No documento, Jullyene relatou que “o medo a segue 24 horas por dia, pois sabe bem o que o querelado [Lira] é capaz de fazer por dinheiro”.
O recém-eleito presidente da Câmara não faz insultos apenas contra ela, “mas também tentando diuturnamente promover o afastamento familiar dos filhos, principalmente o mais novo, com discursos de ódio e chantagens emocionais”.
Barroso já tinha determinado que o processo de injúria e difamação fosse enviado para a Vara de Violência Doméstica de Brasília, mas a defesa de Lira entrou com um recurso, forçando que o STF tomasse nova decisão.
Arthur Lira está tentando usar sua imunidade parlamentar para barrar o processo.
Caso não consiga, sua defesa pede que o caso seja enviado para a justiça de Maceió.
A acusação de agressão aconteceu em 2006, um ano antes do divórcio oficial.
“Ele foi à minha casa, quando abri a porta, me agrediu, me desferiu murro, soco, pontapé, me esganou. A minha sorte foi a babá do mais velho, que ouviu meus gritos e ligou para a minha mãe, que apareceu lá, mas eu estava desfalecendo já. Muito apanhada. Ele me chutou no chão”, relatou.
Dez anos depois da denúncia, Jullyene e testemunhas mudaram a sua versão da história. No mês passado, Jullyene explicou que Arthur Lira a ameaçou para que mudasse o depoimento.