Os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo voltaram a parar na madrugada desta quarta-feira (29). A greve deve ter duração de 24 horas.
A paralisação se dá após a greve de duas semanas atrás, quando a categoria conseguiu reajuste salarial de 12,47%, mas, segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), outras importantes reivindicações não foram atendidas.
“Já se passaram dois meses das nossas negociações, e os patrões mostraram-se intransigentes, pedindo prazos, paciência e protelando decisões. A categoria está estafada dessa enrolação”, afirmou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz (Sorriso).
Eles reivindicam fim do horário de almoço não remunerado, PLR e o pagamento de 100% das horas extras.
A decisão sobre a paralisação foi tomada em uma grande assembleia, pelos 6 mil trabalhadores que lotaram a Rua Pirapitingui, onde fica a sede do sindicato, na Liberdade.
A continuação da greve deve ser avaliada após uma nova reunião entre o Sindmotoristas e representantes do setor patronal e Prefeitura ainda na tarde desta quarta-feira, quando ocorrerá o julgamento do dissídio coletivo da categoria.
Segundo a SPTrans, a paralisação afetou 675 linhas diurnas e 6.008 ônibus, que transportariam 1,5 milhão de passageiros durante a manhã.