Em assembleia na quarta-feira (22) em frente à sede do Sindmotoristas, cerca de 5 mil motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista decidiram aceitar a nova proposta salarial apresentada pelas empresas de ônibus. Com a decisão, a greve que estava marcada para esta quinta-feira foi suspensa.
O reajuste salarial apresentado pelo sindicato patronal, que inicialmente era de 4,42% passou para 5,10%. Nas negociações também houve consenso sobre benefícios como a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o tíquete-refeição. A PLR, que será condicionada ao número de faltas, pode chegar a R$ 1.500,00 para o funcionário que não tiver nenhuma falta.
Também foi acordado a criação de uma comissão para discutir a pauta do setor de manutenção com as empresas.
Segundo o sindicato, a proposta aprovada é a melhor de todo o segmento de transportes do país.
O presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz (Sorriso), destacou a importância da grande mobilização da categoria durante todo o processo da Campanha Salarial para que os resultados fossem alcançados. “A categoria e o sindicato tiveram uma jornada de luta cheia de obstáculos até chegarem a este momento tão aguardado de votar uma proposta com avanços econômicos e sociais”.
A direção do sindicato também ressaltou o papel desempenhado nas negociações pelo deputado federal e presidente licenciado do Sindmotoristas, Valdevan Noventa, e pelo vereador Milton Leite, indicado pelo prefeito Bruno Covas, após o anúncio de greve da categoria, para mediar as discussões com o setor patronal.
“Impedimos a implantação do banco de horas, 1 (uma) hora de intervalo sem remuneração, reajuste salarial abaixo da inflação e outras maldades da nova Lei Trabalhista”, afirmou Valdevan.