MPF defende ao STJ que pena de Robinho por estupro na Itália seja cumprida no Brasil

Apoiador de Bolsonaro, ex-jogador foi condenado por estupro na Itália - Foto: Reprodução

O Ministério Publico Federal (MPF) emitiu parecer defendendo que o ex-jogador Robinho cumpra uma sentença de nove anos de reclusão no Brasil pelo crime de estupro de uma jovem. O crime aconteceu em Milão, Itália, há dez anos.

O MPF solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a homologação da condenação na Itália “transferindo a execução” para o Brasil. 

A mais alta corte italiana condenou o ex-atacante do Milan e da seleção brasileira a nove anos de prisão em 2022 por estupro coletivo de uma jovem albanesa em uma casa noturna de Milão.

Caso o Brasil não faça cumprir a condenação, “corre o risco de permitir a impunidade de um crime cuja materialidade e autoria foram reconhecidas internacionalmente”, alegou o MPF.

“O sistema jurídico brasileiro está alinhado com a tendência global que supera paradigmas tradicionais de soberania a fim de combater a criminalidade a nível internacional”, reforçou o parecer do MPF.

Atualmente Robinho mora em um condomínio de luxo no Guarujá , no litoral de São Paulo. O passaporte do jogador encontra-se em poder da Justiça. 

A Constituição impede que brasileiros possam ser extraditados para outro pais para o cumprimento de condenações. Porém, o MPF entende que a transferência de execução para o país respeita a Constituição quanto aos compromissos de cooperação jurídica assinados pelo Brasil com outros países.

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