A mulher que protagonizou cenas estarrecedoras de preconceito, homofobia e violência em um restaurante no Museu do Amanhã, no Rio, no último sábado (27), irá responder por injúria por preconceito, ameaça e lesão corporal.
Um vídeo divulgado na segunda-feira (29), pelo Jornal Nacional, mostra a psicóloga (que se dizia desembargadora) Juliana de Almeida Cezar Machado agredindo e insultando uma chefe e um auxiliar de cozinha com xingamentos homofóbicos.
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Após as cenas de violência, a mulher foi levada para a delegacia, onde começou novos gritos: “Eu quero ir pra cela! Eu quero ir pra cela! Eu quero ir pra cela!”.
Registrado inicialmente apenas como lesão corporal, o caso passou a ser apurado também como injúria por preconceito e ameaça. De acordo com a Polícia Civil, “com a divulgação de vídeos feitos no momento das agressões, restou claro a necessidade de instauração de inquérito policial, a partir do acréscimo de crimes como injúria por preconceito e ameaça, somados à lesão corporal”.
AGRESSÕES
Nas imagens divulgadas pela reportagem, a mulher aparece deixando o local e gritando: “Eu vou denunciar essa porra. Eu sou desembargadora, sua *** e vou trazer a polícia aqui para fechar essa ***! Eu sou desembargadora! Você tá ***! Seu viado. Você é sapatão. Sua *** de ***” (parte dos xingamentos foram ocultados pela reportagem).
Além dos gritos e insultos, Juliana agrediu fisicamente os funcionários, como mostra uma das imagens, em que a chef Isabela Duarte aparece com o braço sangrando. “Me acertou a taça do vinho, estilhaçou no meu braço. E aí teve algumas escoriações. Meu braço começou a sangrar”, diz a chef.
O auxiliar de cozinha Henrique Lixa também foi agredido. “Ela atingiu meu lábio, bateu no rosto, me arranhou no braço, na mão, e aí eu me afastei um pouco da situação justamente para não me exaltar mais. E depois que a polícia chegou, ela continuou cometendo crimes homofóbicos”, conta Henrique.