“Arthur Lira engavetaria sem cumprir seu papel com independência? Existe algo combinado entre o Planalto e Lira neste sentido?”, questionou o candidato da frente democrática, ao falar sobre impedimento do presidente
O candidato à presidência da Câmara, Baleia Rossi (MDB-SP),afirmou no domingo (24) que, caso eleito, analisará “com equilíbrio” os pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
Ele disse que seu compromisso é com Constituição e, que, se for eleito, vai garantir a independência da Câmara e insinuou que seu adversário não poderá agir da mesma forma por ser praticamente um teleguiado do Planalto.
“O compromisso é cumprir a Constituição. Como presidente, não abrirei mão de minhas funções. Analisarei com equilíbrio os pedidos. Por quê? Arthur Lira engavetaria sem cumprir seu papel com independência? Existe algo combinado entre o Planalto e Lira neste sentido?”, questionou Baleia em sua página no Twitter.
Rossi fez essas afirmações, garantindo sua independência à frente da Câmara, ao responder a uma provocação de um senador Bolsonarista. “Seria bom que o candidato Baleia Rossi afastasse mais uma das inúmeras dúvidas que o cercam: existe de fato um compromisso dele em pautar um pedido de impeachment ou ele pode chamar isso claramente de mentira da Gleisi, presidente do PT?”, disse o senador Ciro Nogueira (PP).
Diante da resposta de Baleia, o senador bolsonarista precisou concertar o estrago tentando convencer os leitores que não há nenhum acordo entre Lira e Bolsonaro. Uma tarefa quase impossível. Afinal, Lira não dá um passo sem o aval de Bolsonaro.
O emedebista já havia afirmado que Lira não tem como se posicionar com independência e que ele age por casuísmos, porque não pode desagradar o padrinho, Jair Bolsonaro.
Baleia chamou seu adversário, o candidato do governo Bolsonaro, de “metamorfose ambulante” que “age por casuísmo”.
“Ele já quis a CPMF. Depois, disse que não é bem assim. Era contra o auxílio emergencial com rigor fiscal. Agora, é a favor, mas depende. Olha, mudar a velha opinião é uma virtude. Agir por casuísmo, não”, declarou Baleia Rossi.
“No ano passado, meu adversário pediu urgência no PLP 34/20, que autoriza o confisco de empresas pelo governo. Gravou vídeos defendendo a proposta. Agora, mantém silêncio sobre o assunto. Mudou a velha opinião? Ou é casuísmo?”, disse em publicação que compartilhava notícia sobre o encaminhamento do PLP.