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A direção nacional do PCdoB emitiu nesta segunda-feira (1º) nota de solidariedade à vice-presidente nacional da legenda, a ex-deputada federal Manuela d’Ávila, na qual repudia novos ataques desferidos contra ela e sua família nas redes sociais.
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A executiva do partido no Rio Grande do Sul também se manifestou, repudiando a violência política de gênero e cobrando a responsabilização do agressor.
O autor das ameaças ataca a ex-parlamentar de maneira sórdida, além de se referir à sua filha e sua mãe com ameaças de morte e também mencionar o ex-presidente Lula. Um internauta xingou, fez comentários sexuais contra a filha de Manuela e ameaçou esquartejar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em sua nota, a direção nacional da legenda destaca que “receber de forma reiterada ameaças contra si, mas também contra sua filha e sua mãe é algo abominável”. “Todas as pessoas, independentemente da sua posição política e ideológica, deveriam manifestar sua indignação, e as instituições do Estado deveriam atuar para coibir essa forma vil de violência”, continua.
“A violência política é inadmissível em uma sociedade que se afirma democrática. O debate de ideias deve acolher as divergências e as suas manifestações de forma respeitosa”, diz o texto.
Na mesma linha, o PCdoB-RS salientou que a sigla tem combatido de forma permanente “a misoginia e violência às mulheres públicas no Brasil, como as dirigidas reiteradamente contra Manuela”.
“Exigimos que as autoridades tomem as providências para garantir que cessem as ameaças e que os criminosos sejam punidos”, enfatiza.
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Em suas redes, Manuela d’Ávila reagiu aos ataques. “Ser uma mulher pública no Brasil é ser ameaçada permanente. É escolher um lugar para o medo, outro para a coragem, outro lugar pro fingir ignorar. Ser mulher pública é conviver com a ameaça de estupro como correção pela coragem, com a ameaça de morte como silenciador. Ser mulher pública é ouvir de muitos que não aguentariam nem metade, que tá tudo bem, que é assim mesmo. Como se fosse o preço a pagar por estar num lugar que não é o nosso, que não é pra nós. Essa é mais uma das ameaças que eu, minha filha e também minha mãe sofremos”, comentou.
Não é a primeira vez que Manuela sofre ameaças pela internet. Quando disputou a eleição para a prefeitura de Porto Alegre, em 2020, por exemplo, a candidata do PCdoB foi alvo de 90% das ofensas publicadas no Twitter e no Instagram durante o segundo turno das eleições, de acordo com o ranking do InternetLab e da Revista AzMina.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, também condenou os ataques à vice-presidente do partido.
“A violência política de gênero precisa acabar. Toda solidariedade à amiga @ManuelaDavila e sua filha Laura, que enfrentam a pior face do ódio destilado contra aquelas que têm a coragem de mudar a política. Nenhuma mulher merece passar por isso! Fiquem fortes e contem comigo!”, escreveu no Twitter.