Pilotos e comissários de voo aprovaram em assembleia, na quarta-feira (24), o início de uma greve da categoria a partir da próxima segunda-feira (29).
A decisão pela greve se deu a partir da resistência do sindicato patronal em atender a reivindicação da categoria, que quer apenas a recomposição inflacionária dos últimos 24 meses.
Como afirma o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Ondino Dutra, “a categoria aceitou reduções de salários desde o início da pandemia e é boa a situação das empresas nesse momento de retomada”. Por isso, segundo ele, “o pleito é, simplesmente, a recomposição inflacionária dos últimos 24 meses”.
“Desde o início da pandemia a categoria nunca parou de trabalhar, tendo enfrentado graves riscos de contaminação por covid-19, e deu sua contribuição no combate à doença transportando vacinas, insumos e equipamentos”, diz nota do sindicato.
O sindicato explica que, “diante do papel central no transporte de insumos para o combate à pandemia – como a própria vacina”, e respeito aos usuários do sistema de transporte aéreo, a paralisação será de 50% dos tripulantes por dia.
Segundo a entidade, é inadmissível a resistência das empresas em atender o pleito da categoria, já que “a Azul tem a maior liquidez da sua história, a Gol efetuou a maior desalavancagem desde sua fundação e a Latam atingiu a maior redução de custo em mais de 10 anos”.
Em novembro, pilotos e comissários rejeitaram a proposta feita pelas companhias aéreas, que negaram a manutenção das cláusulas atuais da Convenção Coletiva de Trabalho.