Uma plenária de mobilização e organização da Greve Geral do dia 14 contra a reforma da Previdência lotou o auditório do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, na quarta-feira (29). A plenária reuniu dirigentes das centrais sindicais Força Sindical, CTB, CUT, UGT, CGTB, Nova Central, Intersindical, CSP-Conlutas e CSB, além de dirigentes de sindicatos de trabalhadores de diversas categorias, lideranças estudantis e de movimentos sociais de todas as regiões do Rio Grande do Sul.
Para Guiomar Vidor, presidente da CTB-RS, a adesão à greve deverá ser grande. “A importância do tema é ponto chave para o sucesso da greve. Estamos falando do fim da aposentadoria e da necessidade de defender o emprego e as verbas para educação”, disse.
Nelcir André Varnier, presidente do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul (Sintergs) e da CGTB no Rio Grande do Sul, ressaltou a importância da unidade das centrais e entidades sociais na luta de combate à reforma da Previdência.
“Estamos mais do que unidos nesta luta, e vamos dar a resposta a esse governo que quer tirar a nossa aposentadoria. Não basta terem tirado a renda dos trabalhadores, o emprego, querem agora tirar os sonhos, as esperanças dos trabalhadores. E os jovens também estão percebendo que podem ficar sem esse direito. Vamos juntos à Greve Geral contra essa reforma”, conclamou.
Os dirigentes das centrais apresentaram um panorama de como está a mobilização entre as categorias de trabalhadores, que têm realizado assembleia para deliberar suas participações na greve.
Uma das informações é a decisão dos trabalhadores do setor de transporte público, em especial dos metroviários, de aderirem à greve.
Como relatou o presidente da CUT/RS, Cláudio Nespolo, “o Sindimetrô já fez assembleia e decidiu: não vai ter metrô no dia 14 de junho. As outras categorias, como os rodoviários, estão debatendo com as centrais. Nós vamos atingir o objetivo de que não terá transporte. Para tudo”.
Durante a plenária, representantes de motoristas, cobradores de ônibus, funcionários públicos, professores, metalúrgicos e sapateiros se pronunciaram pela participação na greve.
No dia 18, os professores de escolas particulares decidiram em assembleia pela paralisação. Os petroleiros também aprovaram por unanimidade a participação na greve em todo o país.
O dirigente da CTB/RS destacou a unidade das centrais. “Nossa unidade é fundamental para que o movimento seja exitoso e que, principalmente, seja possível barrar a ofensiva do governo Bolsonaro e seus aliados contra os direitos dos trabalhadores”.
Em São Paulo, metroviários e motoristas de ônibus já decidiram pela paralisação. A decisão ganhou o reforço das categorias no ABC paulista e na Baixada Santista, que também deliberam, em assembleia na terça-feira, que vão parar no dia 14.