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A Polícia Civil de Santa Catarina abriu um inquérito para investigar caso de tortura por bolsonaristas que sequestraram, humilharam e obrigaram a participar de uma manifestação golpista um homem que gravou um vídeo criticando os atos.
Os crimes aconteceram em Itapema, no norte de Santa Catarina.
Um profissional autônomo de 41 anos gravou um vídeo tirando sarro das ações golpistas que pedem a anulação das eleições que elegeram Lula presidente. Ele enviou o vídeo para um grupo de conhecidos, mas a gravação acabou viralizando nos grupos bolsonaristas.
No dia seguinte, os criminosos bolsonaristas armaram uma emboscada. Em uma ligação, pediram para o homem ir buscar um sofá em um local, mas chegando lá ele foi sequestrado e levado para um dos pontos de arruaças bolsonaristas, na BR-101.
Por mais de cinco horas, os bolsonaristas xingaram e humilharam o homem, além de terem amarrado bandeiras do Brasil nele e o obrigado a participar do ato golpista. Veja aqui
Eles também o forçaram a lavar bandeiras e pisar em um boné do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST). Toda a tortura foi filmada pelos criminosos, como fazem os grupos de bandidos organizados.
Segundo o relato do advogado da vítima, quando o homem chegou ao local para buscar um sofá, ele “já foi cercado pelo grupo”. “Eles tomaram os pertences dele, a chave da kombi, carteira e o agrediram, humilharam. Depois colocaram ele dentro de uma Hilux, estava sem liberdade total, e o levaram até a BR-101, onde ocorriam as manifestações”, relatou.
Os criminosos ainda o obrigaram a dizer: “Estou aqui me retratando, tomando café com povo do Bolsonaro, com brasileiros”.
O delegado Marcos Okuma, da Polícia Civil, afirmou que “a gente apura a possibilidade de tortura. É uma hipótese. E já estamos levantando alguns nomes”.
“Depois de sair do ato, onde mais de 40 pessoas ficaram xingando e ameaçando ele, continuou recebendo ameaças para não denunciar”, relatou a defesa da vítima.
Os atos bolsonaristas estão se tornando cada vez mais banditistas, insuflados por Jair Bolsonaro, ao insistir, através do seu partido, o PL, que as eleições foram fraudadas, ainda que não apresente qualquer prova.
No Mato Grosso, os terroristas tentaram explodir uma ponte. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu armas, munições e até dinamites em posse dos “manifestantes”. A corporação apontou que os métodos dos bolsonaristas “lembraram os de terroristas”.
A estrutura está sendo toda financiada por empresários, segundo o Ministério Público de São Paulo. O Supremo Tribunal Federal (STF) já bloqueou as contas de 43 pessoas físicas e jurídicas que estão financiando os criminosos.