![](https://horadopovo.com.br/wp-content/uploads/2023/10/Ato_policiais-federais-Divulgacao-PF.jpg)
Os policiais federais protestaram em todas as superintendências da corporação no país e em frente à sede do órgão, em Brasília (DF), ao longo da quinta-feira (26), para pressionar o governo federal por recomposição salarial.
A manifestação foi organizada pelas principais entidades de classe da categoria, como ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), a APCF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais), Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), a Fenadepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), e o Sinpecdf (Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal).
De acordo com as entidades, os delegados e agentes da Polícia Federal receberam mais responsabilidades, como o controle de armas de fogo, antes atribuição do Exército, sem que, no entanto, tenha havido contrapartidas para a corporação.
A categoria também argumenta que o cancelamento de uma reunião de negociação das entidades com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que estava marcada, foi “a faísca para a mobilização”.
“O momento é super importante. Nós já vivemos isso no ano passado, e, infelizmente, estamos vendo acontecer a mesma coisa. Uma enrolação! Temos que mostrar que estamos dispostos a brigar por aquilo que merecemos. Essa é a mensagem que estamos passando porque não vamos admitir que aconteça a mesma coisa de anos anteriores”, afirmou o presidente da Fenapef, Marcus Firme.
A presidente da Fenadepol, delegada Tania Prado, ressaltou a importância da união de todas as categorias da Polícia Federal, “para mostrarmos ao governo nosso inconformismo com os rumos que estão dando no tratamento ao fator humano da instituição que tanto tem trabalhado pela segurança interna do País”, afirmou.
As entidades afirmam que os protestos de quinta-feira foram os primeiros de um cronograma mais amplo de mobilizações que estão em andamento, inclusive com indicação de paralisação das atividades em 16 de novembro, Dia do Policial Federal, que já foi aprovada pela categoria.
Os policiais afirmam que, apesar de os servidores federais terem tido reajuste de 9% em maio, “o aumento não foi suficiente para cobrir a defasagem na carreira”. O presidente da APCF, Willy Hauffe Neto, destacou que “as sucessivas perdas e a ameaça de descumprimento dos compromissos assumidos com a reestruturação já vêm de governos anteriores e tem sido continuada no governo atual”.
“Nós estamos em estado de mobilização para tornar pública a nossa indignação com essa desvalorização que as carreiras da Polícia Federal vêm sofrendo, além do tratamento diferenciado dado a outras carreiras e não estendido à PF. Novamente, a valorização da segurança pública parece ficar apenas em promessas de campanha, o que não será aceito passivamente”, afirmou.