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A segurança na Esplanada dos Ministério será garantida por “milhares de agentes públicos”, disse o futuro ministro da Justiça
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), afirmou que a posse de Lula no dia 1º terá toda a segurança e será bastante reforçada.
Dino afirmou que a segurança na Esplanada dos Ministério será garantida por “milhares de agentes públicos” de órgãos como: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Gabinete de Segurança Institucional e das polícias do Distrito Federal.
O futuro ministro afirmou na quinta-feira (29) que a equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, assumirá o governo nos primeiros minutos do próximo domingo, mesmo que a cerimônia formal de posse só ocorra à tarde.
“Nesse quadrilátero que vai da rodoviária do Plano Piloto, das imediações do Museu [da República]e da Catedral, haverá várias linhas de revista programadas e organizadas, com isolamento, inclusive”, citou Dino.
Dino informou que o acesso pelas laterais da Esplanada dos Ministérios – ou seja, por entre os prédios ministeriais – será barrado ao público geral, para garantir que todos passem pelas barreiras.
Segundo Flávio Dino, no lado norte da Esplanada (onde fica o Teatro Nacional), o público poderá circular pelas áreas dos prédios dos ministérios.
Já do lado sul (onde ficam o Museu da República e o Itamaraty, por exemplo), haverá tapumes de isolamento para garantir a segurança de um eventual desfile de Lula entre a Catedral e o Congresso.
Ele informou ainda, que o novo governo não vai permitir que bolsonaristas provoquem tumulto na área da Esplanada dos Ministérios, onde ocorrem as cerimônias de posse e os shows de comemoração.
“O novo governo, independentemente do ato de posse formal, começa à 0h01 do dia 1º de janeiro. E eu estou afirmando cabalmente que não haverá pessoas que vão invocar o direito de reunião para frustrar outra reunião que já está marcada, que é a posse presidencial”, declarou em entrevista à GloboNews.
O novo ministro citou, na entrevista, o inciso 16 do artigo 5º da Constituição Federal, que trata do direito de reunião. O trecho estaria sendo invocado por bolsonaristas radicais para convocar protestos na área da posse, mas Dino garantiu que essa atuação será proibida.
“O dito artigo 5º, inciso 16 diz que a liberdade de reunião em local aberto é sem armas. E ninguém pode convocar uma reunião, uma manifestação, e frustrar outra previamente convocada”, afirmou.
“Ou seja, essas pessoas não podem e não irão se manifestar no local de uma reunião previamente marcada, que é a posse presidencial”, enfatizou.
PUNIÇÃO AOS TERRORISTAS
Flávio Dino disse que as manifestações golpistas são, em si, criminosas e reforçou que o próximo governo vai agir para punir terroristas.
“Temos o cometimento de um crime a partir da bandeira, da tese. Existe um tipo penal de quando você incita animosidade entre as Forças Armadas e as instituições civis ou os poderes constitucionais. Isso já é um crime”, explicou o futuro ministro, que já foi juiz federal e governador do Maranhão.
“Você dizer ‘Forças Armadas, salvem o Brasil’, ou ‘SOS Forças Armadas’, ou pedir que intervenham, invadam o TSE, o Congresso, o Supremo, ou o que for, isto já é, em si, um crime”.
Flávio Dino também citou a tentativa de invasão da Polícia Federal, os ataques a carros em Brasília e a tentativa de explosão de uma bomba e um caminhão com combustível.
Os bolsonaristas “depredaram patrimônios públicos e privados, incendiaram e tentaram jogar um ônibus em cima de veículos. Não satisfeitos, resolveram fazer treinamentos para tiro e fabricaram bombas, no plural. Se isso não for terrorismo, o que será?”.
George Washington de Oliveira Souza, que foi preso por armar a bomba que foi colocada no caminhão em Brasília, admitiu que o plano era instaurar o “caos” na capital do país para impedir a posse de Lula.
Em seu apartamento foram encontradas submetralhadoras, rifles de precisão, fuzis e milhares de cartuchos de munição. O empresário, que veio do Pará, recebeu R$ 30 mil por PIX para comprar parte dos armamentos.