Durante a conferência conservadora Cpac Brasil, que aconteceu no último sábado (11), em Campinas (SP), o nome de José Luiz Datena foi vaiado por parte dos participantes.
Ao subir ao palco do evento, o ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, Ricardo Salles (PL), foi incentivado por algumas pessoas a se candidatar ao Senado. “Tem que combinar com o Datena”, respondeu, levando à reação de hostilidade da plateia.
Datena (PSC), que não estava presente, não é considerado um conservador confiável por grande parte da base bolsonarista. Eles já chegaram a chamar o apresentador de “comunista” após criticas ao governo federal e agora não querem ver a aliança.
O apresentador, no entanto, é cotado para compor a chapa de Jair Bolsonaro (PL) e do pré-candidato a governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Conhecido pelos retrocessos na pauta ambiental, com o aumento do desmatamento, das queimadas e do garimpo ilegal durante sua gestão, Ricardo Salles foi a principal estrela do evento da extrema-direita.
Em sua fala, defendeu a atuação do governo de Jair Bolsonaro (PL) na economia e no combate à pandemia e fez duras críticas à esquerda, que poderia levar a situação do Brasil à mesma vivida por Argentina e Venezuela. Em sua fala, Salles não falou sobre os 33 milhões de brasileiros que estão passando fome, ou sobre os 678 mil mortos por covid-19 na pandemia em curso.
“Nós não podemos permitir a volta da esquerda, o discurso da esquerda, por sinal um discurso horroroso, um discurso de negação da família. Quem nega a família nega Cristo”, disse pouco antes de se ajoelhar para receber uma oração feita pelo ex-senador Magno Malta (PL-ES), que é pastor evangélico.
No evento, o pastor acusou o ministro do STF, Roberto Barroso, de responder inquéritos por “espancamento de mulher”. O ministro apresentou uma queixa-crime contra Malta que responderá uma ação penal por calúnia.