A Prefeitura do Rio de Janeiro iniciou o processo de vacinação em crianças de 5 a 11 anos nas escolas municipais nesta segunda-feira (14). A meta é alcançar 200 mil estudantes e aumentar a cobertura com a primeira dose nessa faixa etária, que ainda está em cerca de 50%.
O prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou na última quinta-feira (10), o programa chamado de “Vacina na Escola”, que além da busca ativa pela vacinação nas unidades de ensino, também inclui a visita de agentes comunitários de saúde nas residências com crianças que estejam com esse ou outros imunizantes atrasados.
Segundo o município, desde quinta-feira (10) os alunos levaram para casa folhetos informativos sobre a proteção e um formulário a ser preenchido pelos pais. Os responsáveis podem assinar o termo autorizando a aplicação, em uma data que será informada previamente.
No dia marcado, a imunização será feita no fim do turno das aulas (de manhã, entre 11h e 12h30, e à tarde, entre 15h30 e 17h). As crianças que tiverem autorização já sairão vacinadas, mas quem quiser pode entrar nas unidades no horário previsto para acompanhar seu filho pessoalmente.
A previsão é que em 45 dias todos os 1.307 colégios municipais com alunos dessa idade, que possuem 347 mil estudantes matriculados, recebam as equipes de saúde. O trabalho será acompanhado pela coordenação do Programa Saúde na Escola (PSE).
Neste domingo (13), o Secretário Municipal de Educação, Renan Ferreirinha, reforçou que o objetivo é “facilitar ao máximo” a imunização das crianças. “Se a criança não pode ir até a vacina, a vacina vai até a escola”, afirmou.
Ainda segundo a prefeitura, os diretores e coordenadores regionais de educação têm participado de reuniões online com equipes da Vigilância em Saúde sobre a ação e sobre a segurança e eficácia das vacinas, para que orientem os responsáveis pelos alunos.
A sabotagem do governo Bolsonaro com a vacinação colocou o Brasil em uma das últimas colocações no ranking da vacinação infantil dentre dez nações que disponibilizam o detalhamento por data e idade. O país demorou 23 dias para alcançar 15% das crianças vacinadas com a primeira dose contra a Covid, no último fim de semana. Foi quase o triplo do tempo gasto por Canadá, Austrália, Argentina e Uruguai (8 a 9 dias), de acordo com os dados oficiais.
A marca, valorizada na última terça-feira (8) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na verdade evidencia o ritmo lento de uma campanha muito aquém da capacidade do PNI (Programa Nacional de Imunizações). O governo ignora a oferta de vacinas realizada pelo Instituto Butantan de 30 milhões de doses da CoronaVac para a imunização das crianças.