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“E mais, os profissionais do TCU concluíram que imprimir o voto aumenta a possibilidade de intervenção humana e aí aumenta o risco de fraude”, enfatizou o presidente em exercício da Corte
O presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, afirmou que o sistema de votação eletrônica é “seguro, confiável e auditável”.
Bruno Dantas foi o entrevistado do Podcast do jornal Correio Braziliense e destacou a contribuição da Corte no aprimoramento do sistema eletrônico de votação do país, em especial em ações para garantir a confiabilidade das urnas.
“Em outubro do ano passado, quando esse assunto ainda não estava tão quente, a um ano da eleição, o TCU concluiu que o sistema eletrônico de votação é seguro, confiável e é auditável. E mais, os profissionais do TCU concluíram que imprimir o voto aumenta a possibilidade de intervenção humana e aí aumenta o risco de fraude”, enfatizou.
O ministro destacou que desde 2021 a Corte promove um ciclo de auditorias junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para assegurar a eficiência das urnas.
Bruno Dantas esclareceu que a urna eletrônica é desconectada da internet, como já declararam ministros do TSE e que é impossível violar a urna eletrônica. “É preciso deixar claro aos brasileiros que a urna eletrônica, ao contrário do que algumas fake news propagam, não é conectada na internet. Cada urna é um dispositivo isolado do mundo. Ao fim da votação, um pen drive com as informações é levado para a central de totalização. Então, é absolutamente impossível invadir a urna eletrônica. E se alguém invadir a central, basta recuperar o dado da urna eletrônica original. O risco, ainda que remoto, existe quando falamos de tecnologia, mas é próximo de zero”, disse.
O ministro também abordou a questão ambiental no país. Ele relatou que o Brasil terá a oportunidade de liderar uma iniciativa global de controle das políticas públicas para conter as mudanças climáticas.
Será a participação do Brasil no “Climate Scanner”, iniciativa internacional que se propõe a compilar dados sobre questões ambientais, a partir de informações reunidas pelas instituições de controle.
“Em 7 de novembro será organizada a assembleia geral da organização no Rio de Janeiro. Nossa ideia já é aprovar um projeto de scanner nas mudanças climáticas. Um painel eletrônico global e vamos lançar já com 50 países para conseguir mostrar para o mundo dentro de 3 eixos: governança, financiamento e políticas públicas de combate ao aquecimento global”, explicou.
O ministro ressaltou o país está com a credibilidade prejudicada no cenário internacional. “Infelizmente o Brasil, nos últimos anos, passou a ser malvisto no exterior. Acho que promover e liderar uma auditoria global nas políticas de combate às mudanças climáticas é uma chance de redenção internacional do nosso país”, pontuou.