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Quando passou a primeira temporada preso, ele chegou a ser transferido para o Hospital Samaritano Barra, de onde gravou vídeo com ataques ao ministro Alexandre de Moraes
A Procuradoria-Geral da República se posicionou, no último sábado (19), no Supremo Tribunal Federal (STF), contra a transferência imediata do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), preso em Bangu 8, na zona Oeste do Rio, para hospital particular.
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, sustentou que a transferência só deve ser autorizada se o presídio não tiver estrutura para tratar o ex-deputado.
A PGR sugere que a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio entregue com urgência laudo médico que “aponte a capacidade ou não do hospital penitenciário tratar o paciente e realizar exames imprescindíveis diante do atual estado de saúde”.
Jefferson é aliado de longa data de Jair Bolsonaro.
O paciente, tudo indica, não tem problemas. Ele quer e busca privilégios. Mas trata-se de preso perigoso, bélico. E não perde oportunidade de confrontar os desafetos políticos, como fez a última vez que se encontrava em situação semelhante.
JEITO E CHEIRO DE ARMAÇÃO
Médico chamado pela família de Roberto Jefferson esteve em Bangu 8 para realizar consulta. Ele sugeriu a internação do ex-deputado e passou longa lista de exames laboratoriais e radiológicos. O laudo foi anexado ao pedido de transferência enviado pela defesa ao STF.
Os advogados alertam para o risco de trombose e colangite (inflamação das vias biliares). “É necessário que seja adotada uma medida de urgência para preservar a sua vida”, está escrito em trecho do pedido dos advogados.
Antes de voltar para Bangu, Roberto Jefferson foi colocado em prisão domiciliar justamente por causa do quadro de saúde. Quando passou a primeira temporada preso, ele chegou a ser transferido para o Hospital Samaritano Barra, de onde gravou vídeo com ataques ao ministro Alexandre de Moraes.
O ex-deputado voltou a ser preso após ataques misóginos à ministra Cármen Lúcia. Ele também jogou granadas e atirou contra policiais federais que tentavam cumprir ordem de prisão expedida por Moraes.
Dois policiais federais ficaram feridos. O delegado Marcelo Vilella foi atingido na cabeça e na perna, e a policial Karina Lino teve ferimentos na cabeça.
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou a prisão em flagrante de Jefferson, por tentativa de homicídio provocada por ataque que feriu os dois policiais.