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Os trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp iniciaram o dia em greve nesta terça-feira (3) contra a privatização das empresas, pretendida pelo governo Tarcísio de Freitas. Com o movimento, as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata do Metrô estão paralisadas desde as primeiras horas da manhã. Já a linha 11-coral funciona com circulação restrita entre as estações Itaquera e Luz.
“Todos os dias a população está sofrendo nas linhas privatizadas. Todos os dias a população de São Paulo chega atrasada no serviço, sofre com insegurança de trem descarrilando, trem andando com porta aberta, quase 200 dias de velocidade reduzida. Hoje São Paulo está parada para que isso pare de acontecer. Porque se privatizar todas as linhas de trem e Metrô, todos esses problemas que estão acontecendo nas linhas 8 e 9 vão acontecer em todas as outras linhas de trem e de Metrô”, afirma a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa.
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A greve ganhou força após a unificação dos trabalhadores, engenheiros, entidades sociais e políticos, que vêm reagindo ao projeto de privatizações de Tarcísio, com mobilizações e audiências públicas. As entidades também respondem aos argumentos do governador, que tenta caracterizar a greve como “política”, e por isso seria “ilegal”, “corporativa”, ou que desrespeitaria a “escolha das urnas”. No entanto, ao contrário do que diz o governador, durante a campanha, diante da impopularidade das privatizações, Tarcísio se viu obrigado a recuar de suas propostas privatistas com medo de perder votos na eleição.
“É uma questão para botar na mesa. Quais são os desafios que você tem com relação ao saneamento básico? Universalização, melhoria da qualidade da prestação de serviço, combate ao desperdício, reuso de água e redução de tarifa. Então qual é a melhor equação para atingir esses objetivos? Pode ser com a Sabesp pública, pode ser com a Sabesp privada”, declarou o então candidato em outubro do ano passado.
O repúdio ao projeto foi também demonstrado em pesquisa Datafolha de abril deste ano, apontando que a maioria da população (53%) é contrária à privatização da Sabesp. (Leia: Mais da metade da população paulista é contra a privatização da Sabesp, mostra Datafolha).
“A nossa greve não é corporativa. Estamos defendendo os interesses do povo de São Paulo que usa os serviços essenciais”, afirmou José Faggian, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Sabesp (Sintaema). “O governador inventa mentiras para a população escondendo os prejuízos que virão com a privatização através do aumento das tarifas e da precarização dos serviços”, ressalta.
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Para Camila Lisboa, o que está em jogo é a segurança e qualidade do transporte além do dinheiro da população, pois as tarifas irão aumentar, onerando ainda mais os salários do conjunto da população.
“Essa greve só acontece porque o governador Tarcísio não topou a catraca livre”, ressalta ainda a sindicalista. “Se ele estivesse preocupado com o trânsito da população, ele toparia esse desafio, preservaria o direito de protesto dos trabalhadores e o transporte para as pessoas se deslocarem”, afirmou Camila, após o governo se negar a aceitar a proposta de liberar a passagem à população durante os protestos.
“As pessoas sabem que a privatização aumenta as tarifas do serviço. Todos estão entendendo a nossa luta, fazemos um plebiscito popular há quase um mês e vamos estender, para debater a privatização, e todos manifestam que privatizar piora o serviço e aumenta a tarifa”, ressaltou, em declaração ao portal Fórum.
Correios , Eletrobras e Petrobras , jamais deveriam ser privatizados e Praias Tambem nao. Caixa Economica Federal e as UPAS , precisam melhorar muito o Atendimento, a Paz se faz necessaria.