O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mentiu durante uma entrevista e disse que 4 mil pessoas morreram por causa da vacina contra a Covid-19, contrariando os dados do próprio Ministério da Saúde.
Dados oficiais mostram que apenas 11 pessoas, de um universo de mais de 150 milhões de brasileiros que se vacinaram, morreram em decorrência da aplicação do imunizante.
“Temos na Secretaria de Vigilância em Saúde registrado 1,7 óbito por cada 100 mil doses aplicadas. Isso perfaz cerca 4.000 óbitos onde há comprovação de relação causal com a aplicação da vacina”, disse o ministro.
A fala foi feita durante uma entrevista a um programa da Jovem Pan, rádio conhecida por propagar desinformação contra a vacinação, o distanciamento social e outras políticas que o governo Bolsonaro sabota.
Questionado pelo jornal Folha de S.Paulo sobre o número de mortos diretamente pela vacina, Queiroga insistiu na mentira, dessa vez falando que foram 3.935 pessoas.
O ministro indicado por Jair Bolsonaro aumentou o número de mortes em 363 vezes para agradar o chefe.
Depois da entrevista, o termo “Queiroga Mentiroso” foi um dos mais falados no Twitter.
O ministro tentou se justificar pela rede social, mais uma vez insistindo na mentira.
O que Queiroga tenta fazer é confundir, propositadamente, o número de mortes provocadas pela vacina – 11 e 13 pessoas no total, com o número de pessoas que morreram depois de tomarem o imunizante, mesmo que a morte não tenha relação com a vacinação.
Ao mesmo tempo em que admitiu que “apenas 13 casos tiveram relação direta comprovada com a vacina contra a COVID-19”, disse que “foram notificados 3.934 óbitos relacionados à vacinação”.