“Filme que os amapaenses, tragicamente, têm que repetir”, disse o líder do governo no Congresso. O senador pediu ao MPF para buscar “a indenização de todos os consumidores, sejam eles residenciais ou comerciais” e a “devida responsabilização” da CEA Equatorial
O senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso, afirmou que o apagão na região sul de Macapá, que durou 31 horas e atingiu 34,7 mil imóveis, é o “preço da privatização” e contatou o Ministério Público Federal (MPF) para uma ação civil pública contra a concessionária CEA Equatorial.
“Vivemos o preço da privatização do sistema de água e de energia elétrica no nosso Estado”, criticou Randolfe.
“Continuaremos e seguiremos na luta, porque não é possível esse transtorno ser um filme que os amapaenses, tragicamente, têm que repetir”, disse.
Na sexta-feira (26), depois de um incêndio na subestação da zona sul de Macapá, capital do Amapá, 34.789 imóveis, entre residências e comércios, ficaram sem energia.
14 horas depois do apagão, 14 mil imóveis continuavam sem luz. Segundo a CEA Equatorial, a energia só foi totalmente restabelecida 31 horas depois do incêndio.
Randolfe Rodrigues anunciou pelas redes sociais que pediu ao MPF que “procure acionar, através de ação civil pública, a CEA Equatorial para, em primeiro lugar, buscar a indenização de todos os consumidores, sejam eles residenciais ou comerciais”.
Ele ainda solicitou ao MPF que investigue “as causas do sinistro e as providências de backup que foram tomadas pela CEA Equatorial” e busque a “devida responsabilização”.
O senador anunciou que está buscando, junto a bancos públicos federais, “um aporte especial à Agência de Fomento do Amapá (Afap)” para, através da linha de crédito CredBox, encontrar os comerciantes e empreendedores locais e minimizar os “prejuízos em decorrência do sinistro”.
A CEA Equatorial não divulgou o que causou o incêndio, mas seu presidente, Augusto Dantas, falou que “deve ter sido um raio que caiu na subestação”.