O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) criticou contra a empresa Norte da Amazônia Airports (NOA), que administra o Aeroporto Internacional de Macapá, por cancelamento de voo, além de outros problemas que a empresa privatizada ocasionou no aeroporto.
O voo cancelado o fez perder uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta segunda-feira (15). O senador afirmou que vai denunciar o consórcio e pedir o cancelamento da privatização do terminal. Randolfe afirmou que o aeroporto de Macapá está abandonado.
Num vídeo gravado às 7h30 da manhã desta segunda, o senador explica que deveria ter embarcado para Brasília às 3h, onde participaria de uma agenda da presidência da República.
No entanto, os voos da Azul e da Latam foram cancelados na madrugada, afetando centenas de passageiros. No início da manhã, o avião da Latam pousou em Macapá, mas os passageiros não puderam embarcar por razões técnicas, apontou o senador.
“ESTE É O SALDO DA PRIVATIZAÇÃO: o aeroporto de Macapá foi ABANDONADO pela empresa responsável por sua concessão! Estava esperando, desde às 3 da manhã, voo para Brasília para cumprir agenda com o Presidente da República. Em um dos maiores episódios de NEGLIGÊNCIA que já vi”, disse em seu Twitter.
“Por ausência de condições de operação do aeroporto, o avião não poderá decolar. O que acontece aqui é um dos maiores desrespeitos que eu já vi em decorrência das privatizações que ocorreram pelo país. O Aeroporto de Macapá foi dado como uma espécie de brinde pela privatização do Aeroporto de Belém. A empresa responsável é uma tal de NOA, que sequer mantém gente para manutenção do Aeroporto Internacional de Macapá. Absurdo não só comigo, como centenas de passageiros”, acrescentou.
Randolfe afirma que os cancelamentos por motivos operacionais têm sido frequentes há várias semanas.
Ele adiantou que vai representar contra a NOA na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), além de pedir que a Advocacia Geral da União (AGU) ajuíze uma ação pelo cancelamento da concessão da empresa em Macapá e Belém.
“Nós estamos representando contra essa empresa, a NOA, hoje, à Agência Nacional de Aviação Civil. E eu vou representar junto à Advocacia Geral da União para que seja cancelada a concessão dessa empresa, assim como avaliada a concessão do Aeroporto de Belém”, avisou Randolfe.