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A cúpula bolsonarista da Polícia Rodoviária Federal (PRF) concedeu ao ex-diretor-geral, Silvinei Vasques, de 47 anos, aposentadoria voluntária com salário integral.
Ele é réu por improbidade administrativa por ter pedido voto para Jair Bolsonaro enquanto dirigia a PRF.
Silvinei está sendo investigado por ter comandado a PRF nas barreiras e em rodovias no segundo turno para abordar, especialmente na região Nordeste, ônibus com eleitores, descumprindo ordens do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O ex-diretor também esteve à frente do imobilismo da PRF diante dos primeiros bloqueios de estradas feitos por bolsonaristas, depois de confirmado que Lula venceu as eleições. O Ministério Público Federal (MPF) aponta que há indício de omissão da PRF por motivos políticos.
A aposentadoria que foi concedida a Silvinei Vasques ainda conta com paridade, que lhe garantirá todos os reajustes que forem concedidos aos policiais da ativa.
Ele pode se aposentar porque entrou na PRF antes da reforma da Previdência, quando policiais com 20 anos de carreira podiam se aposentar em qualquer idade. Vasques tem 27 anos de carreira.
Atualmente, os policiais só podem se aposentar com 25 anos de carreira e 55 anos de idade.
Um dia antes do segundo turno das eleições, Silvinei Vasques, enquanto diretor-geral da PRF, fez uma publicação em suas redes sociais pedindo aos colegas que votassem em Jair Bolsonaro. Ele virou réu por improbidade administrativa porque isso constitui uso indevido do cargo.
Na semana seguinte, ele coordenou a omissão da PRF diante dos atos ilegais dos bolsonaristas que pediam a anulação das eleições presidenciais.
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), anunciou que o próximo diretor-geral da PRF será Antônio Fernando de Oliveira.
Antônio já trabalhou no mandato de Flávio Dino na Câmara dos Deputados e também na Assessoria de Planejamento do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).