O Senado Federal aprovou, na quarta-feira (4), uma medida provisória que garante, de forma permanente, o valor mínimo de R$ 400 para o Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família.
A proposta inicial do governo de Jair Bolsonaro propunha um piso de R$ 400, vigente apenas até dezembro de 2022, dois meses depois das eleições e momento em que se encerra seu governo.
Assim, depois desse prazo, o valor poderia ser reduzido e voltar para o patamar de R$ 220 que está hoje.
O relator da MP, deputado João Roma (PL-BA), alterou a proposta apresentada pelo governo e tornou permanente o piso de R$ 400. O texto foi aprovado na Câmara dos Deputados no final de abril.
Com a aprovação no Senado, passou para a sanção presidencial.
Os deputados da oposição pressionaram para que o valor subisse para R$ 600, mas a ideia foi rejeitada por João Roma.
Quando acabaram os pagamentos do auxílio emergencial, o governo Bolsonaro substituiu o Bolsa Família pelo Auxílio Brasil, tentando se apropriar do programa.
Até mesmo com o auxílio emergencial, essencial para que as família pudessem sobreviver durante a pandemia do coronavírus, o governo Bolsonaro tentou reduzir o valor.
Enquanto o Congresso Nacional discutia parcelas de R$ 600, o governo federal propôs R$ 200. O governo foi derrotado e os R$ 600 foram aprovados.
Depois de quatro parcelas, o ministro Paulo Guedes cortou os pagamentos pela metade, fazendo com que fossem de R$ 300.