Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que o número de pessoas que tem crédito negado ao tentar fazer compras parceladas vem crescendo no país e já é realidade para duas em cada dez pessoas.
Como consequência do desemprego e do arrocho geral, o número de negativados (com o CPF restrito) por inadimplência já atinge 63 milhões de brasileiros, fato que é usado pelas instituições financeiras e comerciais na hora de negar crédito.
O levantamento da CNDL, que corresponde a agosto deste ano, diz que 39% das negativas se deu por conta de restrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF). Renda insuficiente é apontada como a segunda maior causa das negativas por crédito (19% do total) e, ausência de comprovação de renda, está em terceiro lugar (12%).
“Há um contingente grande de consumidores que já tiveram acesso ao crédito em um passado recente, mas que hoje enfrentam restrições em razão de atrasos de pagamentos ou pela perda do emprego”, afirma José César da Costa, presidente da entidade.
No mês passado, a Confederação apontou que cada vez mais brasileiros estão recorrendo ao crédito bancário (cartão, cheque especial e empréstimos) para compra de itens de primeira necessidade, como alimentos e medicamentos.