Após receber muitas críticas por ter estabelecido seu domicílio eleitoral num Estado no qual nunca morou para disputar sua primeira eleição, o carioca e candidato ao governo de São Paulo pelo Republicanos, Tarcísio Freitas, mostrou toda sua arrogância e debochou do povo paulista ao participar da sabatina promovida pelo Valor, O Globo e Rádio CBN.
Tarcísio afirmou que será preciso ter alguém de fora de São Paulo no comando da gestão paulista para finalizar as obras paradas no Estado. “Vai precisar um cara de fora de São Paulo chegar aqui e concluir o Rodoanel (…), e fazer o metrô andar”, disse.
Tarcísio reforçou o vínculo de sua campanha com Bolsonaro, depois de críticas de aliados de que estaria escondendo o presidente. Ao colar sua imagem à de Bolsonaro, o candidato busca garantir o apoio do eleitorado bolsonarista, porém isso pode lhe trazer dificuldades, já que a rejeição ao presidente no Estado é alta: 56% não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum, segundo pesquisa Datafolha de julho.
Ex-ministro da Infraestrutura, filiado ao Republicanos a pedido de Bolsonaro, Tarcísio ainda prometeu revisar o uso de câmeras corporais por policiais. Ele disse ver a medida como um “voto de desconfiança”.
“A gente não pode partir do pressuposto de que a polícia é ruim.” Tarcísio afirmou ser o único candidato a governador que defende revisão dessa política porque já portou um fuzil durante uma operação, quando atuou no Exército, durante a missão de paz no Haiti. Confrontado, reconheceu que a atuação das Forças Armadas é diferente daquela das polícias.
Segundo o candidato, a opinião dele sobre câmeras corporais é baseada nos relatos de policiais militares paulistas com quem ele conversa. Dados oficiais, no entanto, mostram que reduziu a letalidade policial em 41,1% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Secretaria Estadual de Segurança.