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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou, pela segunda vez, o pedido de liberdade de Allan Turnowski, ex-diretor da Polícia Civil do Rio de Janeiro e candidato a deputado federal pelo PL, partido do governador Cláudio Castro e de Jair Bolsonaro.
Ele foi preso na semana passada, acusado de integrar um esquema de envolvimento com o jogo do bicho no estado. As investigações apontam que Turnowski recebia propina do jogo do bicho e estaria envolvido em um plano para assassinar o bicheiro Rogério Andrade.
Apesar da decisão de mantê-lo preso, a justiça autorizou sua transferência para uma sala especial, por conta da sua prerrogativa. “Ele não se encontra custodiado em sala de estado maior, como sua condição pessoal determina”, escreveu o desembargador da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Joaquim Domingos de Almeida Neto em sua decisão.
Desde que foi preso, na sexta-feira (9), Turnowski ocupa uma cela coletiva em um presídio para policiais civis, em Niterói, na região metropolitana.
Atualmente, há uma sala de Estado-maior no Quartel dos Bombeiros, no centro do Rio. Ainda não há informações sobre uma possível transferência do delegado.
Turnowski foi chefe da Polícia Civil entre 2010 e 2011, na época do governado Sérgio Cabral (MDB). Ele saiu do cargo durante uma investigação da Polícia Federal sobre o vazamento de uma operação que acabou arquivada por falta de provas. Em 2020, ele voltou ao cargo, agora uma secretaria do governo do estado, permanecendo até março desse ano
As investigações começaram no ano passado e levaram à prisão do delegado Maurício Demétrio Afonso Alves, acusado de cobrar propina de comerciantes de Petrópolis (RJ).
O esquema envolvia a negociação com políticos da nomeação de aliados para cargos na Polícia Civil do Rio de Janeiro, com Maurício Demétrio atuando entre grandes bicheiros e policiais, segundo o MP. Turnowski também é suspeito de envolvimento em um plano para matar o bicheiro Rogério Andrade.
Maurício Demétrio e Allan Turnowski são acusados pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ de atuar com os bicheiros Fernando Iggnácio e Rogério de Andrade.