O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o aplicativo de mensagens Telegram firmaram, na segunda-feira (16), um acordo de cooperação que prevê a sinalização de mensagens enganosas e de fake news sobre as eleições
O aplicativo também terá um canal oficial do TSE para divulgar as informações oficiais e corretas sobre as eleições e um “bot”, que será desenvolvido pela equipe técnica do Telegram, para tirar dúvidas dos usuários sobre o processo eleitoral.
O presidente da Corte, Edson Fachin, afirmou que “este passo coloca o TSE na vanguarda mundial do enfrentamento à desinformação”.
O TSE é o “primeiro órgão eleitoral no mundo a assinar um acordo com a plataforma que envolve cooperação e ações concretas”.
O Telegram anunciou a adesão ao Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação no Âmbito da Justiça Eleitoral em março, depois do Google, WhatsApp, Twitter, Facebook, TikTok e Kwai.
O aplicativo só atendeu às reivindicações do TSE depois de meses de tentativas de contato frustradas. O Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a suspender o funcionamento do Telegram no Brasil por não cumprir decisões judiciais. Após o aplicativo recuar, o STF liberou a sua atuação no país.
Jair Bolsonaro, que utiliza o Telegram como canal para transmitir suas mentiras e ataques contra a democracia, chamou o bloqueio de “covardia” e falou que era “inadmissível”.
Bolsonaro mentiu sobre as urnas eletrônicas, na tentativa de desmoralizar o sistema eletrônico de votação para trazer insegurança para as eleições.
Especialistas e técnicos do TSE apontam que as urnas são seguras e que os ataques de Bolsonaro são infundados.