A CPI da Covid-19, no Senado, vai votar nesta semana requerimentos para quebra de sigilos telefônicos e telemáticos de depoentes e possíveis investigados pelo colegiado.
Os 24 requerimentos estavam previstos para serem votados antes do depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta terça-feira (8), mas o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), decidiu adiar.
Entre os pedidos, estão os que envolvem o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o filho 02 do presidente; os ex-ministros Eduardo Pazuello e Ernesto Araújo; o ex-Secom Fábio Wajngarten; o empresário Carlos Wizard; e o assessor internacional da Presidência da República Filipe Martins.
O colegiado apura as ações, omissões e inações do governo federal e o uso de recursos da União por Estados e municípios no enfrentamento da pandemia da Covid-19.
MARCELO QUEIROGA
A CPI está ouvindo novamente o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Na primeira oitiva, em 6 de maio, a avaliação de integrantes da CPI foi de que Queiroga deu respostas “evasivas”.
Além das solicitações para quebra de sigilos, há três pedidos para convocação do deputado Osmar Terra (MDB-RS), suspeito de comandar o “gabinete paralelo” para aconselhamento do presidente da República, em questões relacionadas à Covid.
O virologista Paolo Zanotto também poderá ser convocado. Ambos, todos os indícios levam a isso, faziam ou fazem parte do tal “gabinete paralelo”.
Ambos aparecem em vídeo de setembro de 2020 em reunião no Planalto com profissionais de saúde debatendo estratégias para combate à doença.
M. V.