O movimento de trabalhadores de todo o país, a partir das centrais sindicais, confederações e sindicatos, está organizando uma encontro nacional para o próximo dia 22 de junho, quando pretende reunir pelo menos mil trabalhadores de 400 entidades sindicais em uma videoconferência, em encontro com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
Para uma das lideranças do movimento, Idemar Antonio Martini, que preside a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), esse é o momento para que cada entidade credenciada mobilize um parceiro para aumentar o número de inscritos, de modo que se possa mostrar a união e a força do movimento sindical que resiste a tempos sombrios e que vê no novo mandato do presidente Lula uma oportunidade para se corrigir, o que julga ser uma “atrocidade contra a classe trabalhadora”.
O encontro, que acontece depois de meses de discussão no Fórum Sindical Ampliado, tem por objetivo apresentar ao governo federal a proposta das centrais e outras entidades de alterações na legislação visando à recuperação dos direitos subtraídos dos trabalhadores e do movimento sindical pelas “reformas” perpetradas pelos governos Temer e Bolsonaro nos últimos oito anos.
“Vamos apresentar propostas para uma contrarreforma trabalhista, de modo a restabelecer o equilíbrio entre o capital e o trabalho, surrupiados da classe trabalhadora por meio das reformas trabalhistas e previdenciárias dos últimos anos”, afirma o Fórum Sindical.
Dentre os pontos que serão apresentados pelas lideranças sindicais estão: o reconhecimento do indispensável papel do Estado nas relações de trabalho, tutelando o trabalhador; a efetividade das normas fundamentais e internacionais de proteção do trabalho; o fortalecimento do movimento sindical, observada a liberdade sindical com unicidade, e do direito de negociação coletiva de trabalho; e a contribuição assistencial definida em assembleia geral, dentre outros.
A videoconferência terá a apresentação do desembargador Marcelo D´Ambroso (TRT-4), que vai expor ao governo, de forma técnica, os principais pontos, construídos de forma coletiva com a base sindical.
No documento convocatório encaminhado às entidades, o Fórum Sindical destaca ainda que esta será “uma oportunidade única para demonstrarmos a união e a força de todo o movimento sindical, de todas as categorias e segmentos dos trabalhadores, com o objetivo de unificar as propostas urgentes e imediatas para a reorganização da classe trabalhadora e para o fortalecimento das entidades sindicais”.