Generaliza-se a grita contra o dono do hospital que permanece fechado em meio à crise do Covid-19 e que diz só alugá-lo por US$ 1 milhão por mês
O hospital Hahnemann segue fechado enquanto a comunidade médica da Filadélfia luta para conseguir leitos necessários à medida que o surto de coronavírus se espalha pela cidade – foto – Cory Clark – Nur Photo
“Que seja estatizado”, declara o senador Bernie Sanders diante das exigências do especulador de Wall Street, Joel Freedman, que se diz “banqueiro de investimentos”.
“A Prefeitura da cidade deveria reabrir o hospital Hahnemman imediatamente”, acrescenta o senador Sanders, que segue na disputa pela indicação do Partido Democrata para enfrentar Trump nas eleições de novembro.
Ele se juntou a um coro de líderes progressistas norte-americanos que, desde a segunda-feira, dia 30, demandam a reabertura do hospital que possui capacidade para 500 leitos, diante do pico da crise que se aproxima (o EUA já ultrapassou a China em número de mortes e já tem mais do dobro de infectados dos detectados no surto da China).
Sanders apoiou os que lutavam contra o fechamento do hospital em julho de 2019, inclusive participando de manifestação de apoiadores da manutenção em funcionamento daquela unidade de Saúde, e agora se junta aos que querem sua estatização uma vez que o dono se nega a liberar o hospital para uso humanitário.
Os muros da mansão de Freedman, na Filadélfia apareceram pichados com os dizeres de “Joel mata” e “Libertem o hospital Hahnemman”.
Charlie Pierce, jornalista da revista Esquire, escreveu que se trata de uma “questão de causa pública iminente”.
“Não sou fã deste tipo de intervenção”, disse Pierce, “mas se há uma situação mais clara para uma intervenção estatal do que esta, neste momento especial, eu desconheço qual seria”.