Ao tempo em que anuncia as primeiras 24 horas sem registro de mortes no país inteiro, os profissionais de saúde que foram deslocados de outras partes da China para Wuhan – onde se detectou a primeira forte eclosão do covid-19 -, retornam a suas cidades depois de semanas de trabalho.
Na segunda-feira, dia 7, chegou o momento da volta a casa depois do esforço considerado heroico pela população da região.
AGRADECIMENTO
Nas cerimônias de despedida, foram homenageados com música, flores e com muitos agitando bandeiras da China e do Partido Comunista.
100 enfermeiras da província de Shandong, que participaram junto a mais de 42 mil profissionais de saúde desde o fim de janeiro e início de fevereiro na província de Hubei, particularmente, na capital, Wuhan, como reforços durante os piores momentos da crise, tiraram fotos e deram entrevistas ressaltando a experiência que viveram.
“Tenho sentimentos confusos. Por um lado, estou triste por deixar Wuhan e abandonar aqueles que foram meus colegas. Mas, estou feliz em voltar e ver meus filhos e minha família”, disse uma enfermeira que se identificou como Yue, antes de iniciar a viagem de volta. “As pessoas daqui, os wuhaneses, têm sido fantásticos, agradecidos. Também tenho orgulho do que fizemos aqui, do país e de seu povo”, afirmou, em reportagem da agência EFE.
E não é por acaso o agradecimento. A cidade que encontraram não é a mesma e o trabalho deles contribuiu muito para isso. Nos hospitais em que naquela época faltavam meios para enfrentar o vírus, hoje não acontecem mais mortes por acometidos do vírus.
A cidade programou o fim da quarentena total de quase 11 semanas, programada para a quarta-feira, 8.
As informações apontam que 2.571 pessoas morreram pela covid-19 na cidade que fica às margens dos rios Yangtze e Hanjiang
A melhora não é só lá. As autoridades de saúde informaram na terça-feira, 7, que a China não registrou nenhuma morte por Covid-19 nas últimas 24 horas, fato inédito desde o início da publicação de estatísticas sobre a epidemia em janeiro.
Os novos casos de contágio na China continental também têm caído desde março, e o país tem se concentrado em evitar uma segunda onda de infecções provocada por viajantes que chegam do exterior. Apenas nesta terça foram confirmados 32 novos casos de contágio desse tipo. A Comissão Nacional de Saúde afirma que o país registra mil ‘casos importados’.