Reunião com Centrais Sindicais aconteceu nesta segunda-feira (29)
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) reuniu-se nesta segunda-feira (29) com algumas centrais sindicais e afirmou que a hipótese de chapa com o ex-presidente Lula “caminha”. “Preparei-me novamente para ser governador do estado. Surgiu a hipótese federal. Os desafios são grandes, mas esta é uma hipótese que caminha”, disse Alckmin.
A reunião foi organizada pelos presidentes da Força Sindical, UGT, CTB e também contou com representantes da Nova Central. Durante a reunião, Alckmin tratou do cenário internacional e das questões do país, mas não falou da disputa no estado de São Paulo. Ao final do encontro, em conversa com um grupo menor, Alckmin foi questionado sobre se teria planos de deixar o PSDB e, se sim, para qual partido iria.
O ex-governador respondeu que, “se for candidato a governador, iria para o PSD, porque daria para fazer uma composição com o PSB”. Nesse cenário, o ex-governador Márcio França (PSB) entraria na chapa como vice, repetindo a dobradinha de 2014. Na sequência, Alckmin foi mais direto sobre o cenário nacional. “Se eu for para a disputa presidencial, vou para o PSB. E o França, para governador”, declarou.
O presidente da Nova Central, José Reginaldo Inácio, afirmou que o grande motivação para fazer a reunião com o Alckmin “é o fato de nós, centrais sindicais, estarmos juntos em uma frente para derrotar esse modelo de governo (de Jair Bolsonaro), que tem representado muito claramente a ruptura democrática”. “Essa possível coligação do Lula com o Alckmin sinaliza uma possibilidade de derrota desse modelo político. Esse é um ponto que a gente discutiu”, disse o dirigente sindical, que mandou representante ao encontro.
Miguel Torres também opinou favoravelmente à iniciativa. “Lógico que ele não falou que é (o vice de Lula), mas todas as sinalizações que ele deu, ele topa”, disse.
CTB
A CTB, que foi convidada e participou do encontro, esclareceu, através de seu vice-presidente, Nivaldo Santana, que a central não se posicionou sobre candidaturas. Adilson Araújo considerou importante a postura oposicionista do Alckmin e reiterou seu empenho na construção de uma frente ampla para derrotar Bolsonaro. “Isto exige respeito à pluralidade política e a valorização do diálogo e da unidade na diversidade”, disse o sindicalista.
“Nós não temos candidatos, mas vemos com bons olhos a construção do campo democrático popular”, destacou o presidente da CTB. Quem explicitou apoio ao ex-governador na condição de vice de Lula foram as lideranças das outras centrais. Na sua fala, o Adilson enfatizou a defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores. Durante a reunião o presidente da CTB entregou a Alckmin um exemplar do livro O golpe do capital contra o trabalho escrito por Umberto Martins, assessor e jornalista da Central.