Turistas argentinos que estão fora do país devem adiar voos de retorno, pois só poderão regressar ao final do mês de janeiro
O governo da Argentina estabeleceu novas regras para prevenir o aumento de casos de coronavírus. Para impedir a sua propagação, determinou controles para os voos internacionais que chegam ao país. As medidas entrarão em vigor neste sábado (9) e valerão até 31 de janeiro. Os únicos autorizados a atravessar as fronteiras serão cidadãos nacionais e / residentes, com PCR prévio negativos. São medidas que entram em vigor tendo em vista o aumento de casos de Covid-19 nas últimas semanas.
No caso de turistas que já tenham passagem aérea com embarque em janeiro para Buenos Aires terão de cancelar a viagem, já que não poderão entrar no país até, pelo menos, o final deste mês. Mesmo os argentinos que retornarem via aérea deverão ficar em quarentena obrigatória por sete dias, além do teste negativo.
Pelas novas medidas, recomenda-se que todos os argentinos e residentes, principalmente os pertencentes a grupos de risco, não viajem ao exterior, a fim de evitar as dificuldades e condições sanitárias exigidas na reentrada, considerando a rápida evolução das condições epidemiológicas.
Os casos de coronavírus no país chegam a mais de 1,7 milhões, segundo registros da Universidade Johns Hopkins na tarde de sábado. E a quantidade de mortos atingiu os 44 mil.
Além da restrição à circulação, outras medidas serão adicionadas, como a obrigatoriedade do teste de PCR para todos os passageiros de voos domésticos. Isso visa evitar que o vírus se espalhe entre as províncias.
Buscando que todas as normas de isolamento e respeito das normas de segurança sejam cumpridas, o governo definiu que o transporte público só poderá ser utilizado por trabalhadores essenciais, com a respectiva autorização, e não afetados pela restrição de horário noturno. Os voos internacionais serão reduzidos em 30%.
“A Argentina é o país que mais aplicou vacinas na América Latina, mas não podemos descansar e deixar a situação frouxa, sem controle”, afirmou o chefe da Casa Civil, Santiago Cafiero, em sua conta no Twitter. Além disso, o ministro indicou que até esta sexta-feira, 8 de janeiro, cerca de 107.542 pessoas já tinham recebido o imunizante Sputnik V.
Este primeiro lote da Sputnik V, de 300 mil doses, está sendo aplicado em profissionais de saúde entre 18 e 59 anos, de unidades de terapia intensiva e laboratórios de microbiologia de instituições de saúde localizadas em grandes aglomerados urbanos onde a pandemia tem maior impacto.
O ministro da Saúde, González García, declarou que um avião da Aerolíneas Argentinas partirá para Moscou, no próximo dia 14, em busca do segundo lote da Sputnik V e que o vôo retornará no dia 15 com a carga de 20 milhões de doses da vacina.
Informou ainda que no final de março será fabricada “uma quantidade importante da vacina AstraZeneca” já em solo argentino, e que será adicionada a essas doses da Rússia e, posteriormente, às vacinas CoronaVac acertadas com o Brasil.
Também está em curso uma negociação com a China para a aquisição de vacinas produzidas por outro laboratório, o Sinopharm. “Estamos vendo com a China um milhão de doses ainda para este mês”, que começarão a chegar nas próximas semanas, disse o ministro, reiterando que “as negociações continuam” em relação a outros fornecedores, como a Pfizer.
O pacote de novas regras para as fronteiras acompanhou o decreto que também define novas restrições para os argentinos, internamente. O presidente Alberto Fernández trabalha junto com os governadores na aplicação de toques de recolher,
previstos pelo governo inicialmente entre as 23h e as 6h da manhã.