A secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, depõe nesta terça-feira (25) na CPI da Pandemia.
Ela ficou conhecida como Capitão Cloroquina, pelo seu empenho, sob ordens de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em disseminar a medicação sem eficácia contra a Covid-19.
Mayra confirmou, em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas, que foi a responsável pelo planejamento de uma comitiva de médicos para difundir, em Manaus, o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. A equipe foi financiada pelos cofres públicos.
A ação ocorreu em janeiro, dias antes do sistema de saúde entrar em colapso no Estado.
Mayra é uma das seis pessoas que respondem a uma ação por improbidade administrativa movida pelo MPF no Amazonas por conta da ação dos governos estadual e federal durante a crise no sistema de saúde do Estado em que pessoas morreram asfixiadas por falta de oxigênio.
Foi ela quem assinou um ofício, com data de 7 de janeiro, enviado à Prefeitura de Manaus forçando o Poder Público local a distribuir cloroquina para os doentes.
Na noite da sexta-feira (21), Mayra conseguiu junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de permanecer em silêncio se for questionada sobre fatos ocorridos entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, período que coincide com a crise de falta de oxigênio nas UTIs de Manaus.