Barbárie de Netanyahu na Faixa de Gaza põe em risco 150 mil mulheres palestinas grávidas

Mulheres palestinas abraçadas após bombardeio israelense com notícia de mais parentes mortos (Reprodução)

Mais de 150 mil mulheres grávidas enfrentam péssimas condições sanitárias e perigos para a saúde no meio da agressão das forças israelenses à Faixa de Gaza, na Palestina, denunciou a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), na segunda-feira (13).

“Não há segurança sem um cessar-fogo”, acrescentou a agência, frisando que “tudo já foi dito. Não restam palavras que possam fazer justiça ao povo de Gaza. Eles são pessoas, como você e eu. Eles costumavam ter sonhos, faziam parte de uma comunidade vibrante e diversificada (…) Agora, são apenas vidas desfeitas e futuros desfeitos”, apontou o relatório elaborado pela UNRWA,  indicando que não há para onde ir na Faixa de Gaza.

A entidade da ONU alertou que um novo nível de desespero está se desenvolvendo na região sob a precária vigilância mundial, enquanto, segundo a UNICEF, 95 por cento das mulheres grávidas e lactantes enfrentam grave pobreza alimentar na Faixa de Gaza devastada pela guerra.

Reconhecendo que “precisamos urgentemente de uma passagem segura e imediata para a ajuda e os trabalhadores humanitários”, a entidade especificou que, de acordo com os últimos dados do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), 435 estruturas foram danificadas ou destruídas em toda a Cisjordânia até agora neste ano, obrigando ao deslocamento de 824 pessoas.

“As mães vêem seus bebês morrerem em seus braços porque não têm leite suficiente para mantê-los vivos. E as crianças estão morrendo porque não têm comida ou água suficientes”, afirmou a subsecretária-geral da ONU para os Assuntos Humanitários, Joyce Msuya.

CESSAR FOGO É A ÚNICA ESPERANÇA

“Ruas vazias em #Rafah enquanto as famílias continuam a fugir em busca de segurança”, por conta da operação militar israelense em curso, registrou a UNRWA numa publicação no X, na terça-feira (14).

“A UNRWA estima que cerca de 450 mil pessoas foram deslocadas à força de Rafah desde 6 de maio”, acrescentou.

“As pessoas enfrentam exaustão, fome e medo constantes. Nenhum lugar

é seguro. Um cessar-fogo imediato é a única esperança”, afirmou a organização internacional.

O número de mortos palestinos no genocídio de Israel contra a Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023 aumentou agora para 35.173, divulgou o Ministério da Saúde da Palestina, nesta terça-feira.

Fontes acrescentaram que existem registros de que 79.061 outras pessoas ficaram feridas no ataque.

Pelo menos 82 pessoas morreram e outras 234 ficaram feridas em ataques israelenses ocorridos nas últimas 24 horas, acrescentaram.

As fontes assinalaram que muitas vítimas ainda estão presas sob os escombros e nas estradas, pois as equipes de resgate ainda não conseguem alcançá-las.

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