O Instituto Butantan entregou nesta segunda-feira (29) mais 5 milhões de doses da CoronaVac para o Plano Nacional de Imunização que distribuíra a vacina a todo o país.
Essa é a maior remessa em um único dia disponibilizada em março. Somente neste mês, foram entregues até agora 19,3 milhões de doses – quantitativo maior do que o disponibilizado em janeiro e fevereiro.
“Com muita alegria, São Paulo e o Butantan disponibilizam mais cinco milhões de doses da vacina, a vacina da vida, a vacina do Butantan, para todo o Brasil. Estamos muito felizes por estarmos ajudando na imunização e a salvar milhões de vidas em todo Brasil”, disse João Doria durante a entrega do novo lote.
Com o novo carregamento, o total de imunizantes oferecidos pelo estado ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) chega a 32,8 milhões de doses desde o início das entregas, em 17 de janeiro. Até o fim de abril, o total de vacinas garantidas pelo Butantan ao país somará 46 milhões.
O Butantan ainda trabalha para entregar outras 54 milhões de doses para vacinação dos brasileiros até o dia 30 de agosto, totalizando 100 milhões de unidades. Atualmente, 85% das vacinas disponíveis no país contra a Covid-19 são do Butantan, diz o governo paulista.
BUTANVAC
Ainda na coletiva, Doria disse que não tinha a informação de que a ButanVac contava com tecnologia estrangeira para seu desenvolvimento.
O governador foi questionado sobre a razão de não haver mencionado o papel da Escola de Medicina Icahn, do Instituto Mount Sinai, dos Estados Unidos, no desenvolvimento da Butanvac. Na sexta-feira (26), o governo estadual e o Instituto Butantan anunciaram o envio à Anvisa do pedido para as fases clínicas do estudo da ButanVac.
“Simplesmente, porque eu não tinha a informação. Mas entendo que a ButanVac é uma vacina nacional, uma vacina brasileira. O importante é termos a vacina, e termos uma vacina nacional. Se ela tem, parte dela, tecnologia internacional, isso é uma boa contribuição, isso é positivo”, disse Doria.
O governador reafirmou que a ButanVac é um imunizante brasileiro. “Nós temos que combater essa pandemia com todas as forças, todas as alternativas disponíveis no Brasil e no mundo. Mas é uma vacina nacional, e nós temos muito orgulho de termos a ButanVac, a vacina do Butantan. Uma segunda vacina que em breve será disponibilizada para imunização dos brasileiros.”
Segundo Doria, a relação entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Butantan tem sido muito “fluida, muito positiva, muito constante e fundamentada na ciência”. Por conta disso, observou, o governo paulista está confiante que a análise para autorização dos testes de fase 1, 2 e 3 do novo imunizante será feita com rapidez.
O governo de São Paulo também confirmou que, entre os próximos dias 6 e 8, o Butantan receberá da China nova carga com três milhões de doses da vacina Coronavac, em forma de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA).
Doria foi questionado, ainda, sobre o anúncio feito pelo ministro da Ciência e Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, quanto ao pedido de autorização de testes com a vacina Versamune-Cov-2F, no mesmo dia em que Doria anunciou a Butanvac. Segundo o governador de São Paulo, o governo federal precisa se apressar.
“Eu tenho respeito pelo ministro Marcos Pontes, tenho amizade por ele. Mas eu daria a ele uma recomendação: ‘Acelera, ministro’. É o que nós estamos fazendo aqui em São Paulo.”
Ele ainda ressaltou “quanto mais vacinas tivermos, melhor para o Brasil”.
Leia mais: