A campanha com a hashtag #BolsoCaro, que denuncia a alta nos preços de itens do dia a dia, como alimento, gasolina, gás de cozinha, têm viralizado nas redes sociais com a adesão de artistas como a cantora Anitta e o comediante Fábio Porchat.
Iniciada com cartazes pelas avenidas e pela internet, a campanha agora mostra vídeos que imitam propagandas de supermercado ironizando os aumentos abusivos desses itens, assim como a redução do auxílio emergencial.
Figuras políticas como Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL), Alessandro Molon (PSB), Manuela D’Avila (PCdoB), também têm compartilhado os vídeos da campanha.
O ex-candidato à Presidência e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, compartilhou os vídeos no Twitter. Em um deles escreveu que “todo dia tem preço alto no Brasil de #Bolsocaro! Nosso povo está pagando a conta desta crise que Bolsonaro agrava!”.
De acordo com reportagem do O Globo, um levantamento feito pela consultoria Arquimedes aponta que, no último dia 15, um dos vídeos foi visualizado 1,5 milhão de vezes e o número de referências à campanha chegou a 68 mil no Twitter. Desses, 34% dos perfis não pertenciam a nenhum campo político. No Facebook, o “BolsoCaro” registrou audiência superior a quatro milhões de pessoas.
O pesquisador e sócio da Arquimedes, Pedro Bruzzi, explicou que “com o aumento da inflação, principalmente a alta dos preços dos alimentos, o debate das redes tem dado atenção ao tema e a associação e responsabilização de Bolsonaro são frequentes. A campanha encontra eco em diferentes agrupamentos e incomoda mesmo aqueles que não participam do ringue da política, sem partido, mas que quando vão ao supermercado percebem a realidade”.
Circulam, ainda, outros dois vídeos do grupo de ativistas anônimos. O chamado de “Custo Bolsonaro”, que tem 1 minuto e 14 segundos de duração, critica a inflação de itens comuns no dia a dia do brasileiro, como carne, batata, gasolina e gás de cozinha, após a eleição do presidente Jair Bolsonaro.
Na campanha das ruas de São Paulo, cartazes espalhados mostram os preços dos mesmos itens citados no vídeo acompanhados das frases: “Tá muito caro”, “Tá na conta do Bolsonaro” e “Essa conta não é nossa”.
Já o vídeo sobre “Bolso Família”, que aborda as regalias da família Bolsonaro – como a mansão de R$ 6 milhões de Flávio Bolsonaro, os R$ 89 mil na conta da primeira-dama e o processo das chamadas “rachadinhas” –, em contraposição ao abandono das famílias brasileira que estão “sem auxílio, sem vacina e sem emprego”, teve 1,9 milhões de visualizações desde a última sexta-feira (19). A peça termina com a frase: “Governo Bolsonaro, cuidando da própria família, mas com o bolso da sua”.