O ex-governador do Ceará e pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou que caso seja eleito a política de preços dos combustíveis praticada pelo governo de Jair Bolsonaro será revogada.
Para ele, “o que está acontecendo com todo mundo no Brasil é um assalto à mão desarmada”, porque a Petrobrás tem cobrado pelo barril de petróleo o que é cobrado no mercado internacional, e não um valor compatível com o preço de produção no Brasil.
Enquanto o preço do barril de petróleo no Brasil deveria ser de US$ 30, a Petrobrás, sob ordem de Jair Bolsonaro, tem cobrado US$ 94.
Ciro Gomes falou, em conversa no CuidaCast, que em seu primeiro dia de governo ele irá convocar “o conselho de administração da Petrobrás para revogar o que eles chamam de PPI, paridade de preço internacional”.
O ex-governador do Ceará afirmou que “o barril de petróleo tem que ser cobrado o quanto custar [a produção] mais o lucro em linha com as petroleiras internacionais”.
“Se você botar imposto, frete, lucro de todo mundo da cadeia inteira até chegar na bomba, o barril de petróleo custa no Brasil US$ 30. Sabe quanto eles estão cobrando? US$ 94. Esse é o preço da especulação internacional”, disse.
Ciro Gomes afirma que o certo seria “cobrar o custo de produção da Petrobrás mais algo ao redor de 6% ou 6,5% para dar lucro à Petrobrás. Sabe quanto ela está tendo de lucro hoje? 38%!”.
Essa margem de lucro de 38% serve somente para encher o bolso dos acionistas. Em 2021, a Petrobrás distribuiu R$ 63 bilhões para seus acionistas.
“Essa vai ser a primeira providência [de seu governo], vai ser tudo custo em real, mais o custo de produção e o lucro em linha com as petroleiras internacionais”.
A inflação sob o governo Bolsonaro tem sido a mais alta desde 2016. No acumulado de 12 meses, a inflação é superior a 10,30%.
Parte dessa alta é causada pelo preço dos combustíveis. Somente em 2021, o preço médio da gasolina subiu 44,83% por conta da política que o governo optou por praticar. O etanol subiu mais de 62% e o diesel 48%.